Protestos após prisão de líder de oposição no Senegal deixam morto

Por Rogerio Magno em 04/03/2021 às 22:19:14

Reuters/Zohra Bensemra

Uma pessoa morreu no segundo dia de protestos violentos no Senegal, nesta quinta-feira (4), segundo o governo, quando apoiadores do principal líder da oposição, Ousmane Sonko, entraram em confronto com a tropa de choque após sua prisão por uma acusação de estupro que ele nega.

Na Universidade Cheikh Anta Diop, no centro de Dacar, os manifestantes arremessaram pedras contra a polícia, que usava equipamento de proteção completo e revidou disparando, durante um enfrentamento que durou horas.

Apoiadores do líder da oposição Ousmane Sonko e policiais entram em conflito nas ruas de Dakar, no Senegal, na quinta-feira (4)

Reuters/Zohra Bensemra

“O governo condena veementemente os atos de violência, pilhagem e destruição de propriedade”, afirmaram as autoridades em nota.

Posteriormente, o governo confirmou que uma pessoa morreu nos confrontos. A morte é a primeira em protestos recentes em apoio a Sonko, que foi detido na quarta-feira por acusações de estupro feitas por uma funcionária de um salão de beleza.

Apoiadores do líder da oposição Ousmane Sonko e policiais entram em conflito nas ruas de Dakar, no Senegal, na quinta-feira (4)

Reuters/Zohra Bensemra

O político, que ficou em terceiro lugar na eleição presidencial de 2019, será questionado depois que foi destituído de sua imunidade parlamentar na semana passada.

As autoridades pediram ao exército que apoie a polícia, que pode enfrentar mais distúrbios na sexta-feira durante uma manifestação planejada em apoio a Sonko pelo movimento de protesto popular "Y En a Marre" (Enough is Enough).

Apoiadores do líder da oposição Ousmane Sonko e policiais entram em conflito nas ruas de Dakar, no Senegal, na quinta-feira (4)

Reuters/Zohra Bensemra

Protestos surgiram em outras partes do país, incluindo na região nativa de Sonko, Casamance, no sul do Senegal, onde um homem foi morto, disse uma autoridade local sob condição de anonimato.

Sonko, um ex-inspetor de impostos de 46 anos, acusa o governo do presidente Macky Sall de fazer acusações de estupro para minar seu rival mais forte.

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Fonte: G1

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