Presidente do Banco do Brasil diz que é 'impossível' atender toda a demanda por crédito na pandemia

Rubem Novaes participou de audiência da comissão do Congresso que discute ações de combate à crise da Covid-19. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, [...]

Por Rogério Magno l em 08/06/2020 às 14:30:41
Rubem Novaes participou de audiência da comissão do Congresso que discute ações de combate à crise da Covid-19. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse nesta segunda-feira (8) que é impossível suprir o aumento "brutal" da demanda das empresas por crédito durante o período da pandemia do novo coronavírus.

Novaes participou nesta segunda de uma reunião da comissão mista do Congresso que discute ações de combate à crise da Covid-19.

Segundo ele, o crescimento da demanda por crédito tem dado a "sensação clara de empoçamento" dos recursos. No entanto, o presidente do Banco do Brasil disse que os bancos estão se expandindo "na medida de suas possibilidades".

"O aumento que houve da demanda por crédito neste momento foi brutal. É impossível atender a toda essa demanda. Não há programa de governo que vá resolver isso", afirmou Novaes.

Ele disse ainda que não se trata de uma demanda "saudável", mas sim "dos desesperados".

"O momento da demanda é incrível. E não é uma demanda saudável. É uma demanda dos desesperados. Não é a demanda para produzir uma demanda para vender, para investir, é a demanda dos desesperados. A gente procura atenuar", disse o presidente do BB.

Ele destacou que o governo tenta "atenuar" a situação, mas ressaltou a que as contas públicas estão comprometidas.

"Enquanto a economia não puder voltar a funcionar e os empresários tiverem condições de lutar pela sua sobrevivência, por meios próprios, nós vamos ter essa sensação de insuficiência de socorro", disse Novaes.

"As contas públicas já estão totalmente comprometidas a nível estadual, municipal e federal. Não adianta achar que essa insuficiência e esse gap vão ser atendidos. Não vão. Só quando a economia voltar a funcionar" , declarou.

Novaes afirmou ainda que o Banco do Brasil trabalha dentro dos limites e que é preciso considerar o volume de riscos e o capital que a instituição pode comprometer.

Fonte: G1

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