"Só quando o comitĂȘ cientĂ­fico autorizar", diz secretĂĄrio de Educação do RN sobre volta às aulas presenciais

Nesta terça-feira 6, o MinistĂ©rio PĂșblico ajuizou uma Ação Civil PĂșblica (ACP) para que o Governo do Estado seja obrigado a permitir o retorno das aulas presenciais em todas as instituições de ensino pĂșblicas e privadas

Por Rogério Magno em 07/04/2021 às 08:14:31

O secretĂĄrio GetĂșlio Marques, titular da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), afirmou na manhã desta quarta-feira 7 que as aulas presenciais só devem ser retomadas quando o comitĂȘ cientĂ­fico estadual autorizar um retorno seguro.

A declaração foi em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi. Nesta terça 6, o Ministério PĂșblico do Rio Grande do Norte (MPRN) ajuizou uma Ação Civil PĂșblica (ACP) para que o Governo do Estado seja obrigado a permitir o retorno das aulas presenciais em todas as instituições de ensino pĂșblicas e privadas, estaduais e municipais, em quaisquer das etapas da Educação BĂĄsica.

Para o MP, esse retorno deve ser de forma hĂ­brida, gradual, segura e facultativa. Com o cenĂĄrio local da Covid-19 ainda preocupante, o representante da pasta disse acreditar que o retorno às aulas só deve acontecer quando autorizado pelos especialistas. "Enquanto o comitĂȘ cientĂ­fico não autorizar, não vamos retomar. [A liberação de atividades não essenciais] não é incoerĂȘncia.

VocĂȘ vai ao shopping se quiser. mas na escola o aluno é obrigado a ficar quatro horas", pontuou. GetĂșlio Marques ainda comentou que seria ideal que os professores fossem inclusos no grupo prioritĂĄrio para a vacinação contra o coronavĂ­rus, mas frisou que apenas o Ministério da SaĂșde é responsĂĄvel pela ação. Questionada sobre a retomada das aulas, a professora e médica infectologista Marise Reis, que faz parte do comitĂȘ que assessora o Governo do Estado, afirmou que ainda não é seguro retomar as atividades presenciais nas escolas do Rio Grande do Norte.

"Temos um grande volume de pessoas circulando, utilizando ônibus. Isso aumenta a chance de encontrar o vĂ­rus no meio do caminho, de se contaminar e levar para dentro de casa. Nós estamos ainda no pico da curva, jĂĄ observamos uma redução de busca por leitos de UTI, mas isso apenas significa que precisamos descer desse pico.

Se as aulas voltarem, vamos aumentar a circulação de pessoas e aumentar a contaminação e aĂ­ não sairemos lĂĄ de cima, do pico. Temos que descer a curva e só então poderemos voltar as atividades. Essa é a nossa preocupação maior. Temos ainda um grande nĂșmero de óbitos de jovens", explicou, em entrevista à Inter TV Cabugi.

Fonte: Portal Agora RN

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