Novos ataques a protestos em Mianmar deixam ao menos 13 mortos

Por Rogerio Magno em 07/04/2021 às 19:17:21
Mais de 850 manifestantes pró-democracia foram mortos pelas forças armadas desde o golpe militar de 1º de fevereiro, segundo a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos. Manifestantes pró-democracia queimam bandeira chinesa em Mianmar, em foto de 5 de abril de 2021

Reuters

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Manifestações contrárias ao golpe militar em Mianmar registraram confronto com as forças de segurança que abriram fogo e mataram ao menos 13 pessoas nesta quarta-feira (7) em diversas partes do país, segundo informações da imprensa local.

De acordo com a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos, mais de 850 pessoas foram mortas durante protestos no país desde o golpe de 1º de fevereiro.

Ao menos 11 dos mortos foram baleados em um protesto na cidade de Kale, no noroeste do país, segundo reportagem do site Myanmar Now. Outros dois morreram durante a repressão a outra manifestação em Bago, próxima a Yangon, maior cidade do país.

A tomada do poder pelos militares desencadeou a maior onda de protestos pró-democracia em décadas no país.

Fábrica de Yangon, em Mianmar, é incendiada em 7 de abril de 2021

Bombeiros de Mianmar/Reuters

Segundo a agência de notícias Reuters uma série de explosões foi ouvida em Yangon, inclusive em edifícios do governo, e uma fábrica chinesa foi incendiada – não há registro de feridos neste ataque, segundo o Corpo de Bombeiros.

A embaixada dos Estados Unidos em Yangon disse ter recebido relatos de "bombas sonoras caseiras, ou fogos de artifício usados para criar ruído e causar danos mínimos".

O comandante militar do país disse que o movimento de desobediência civil "está destruindo Mianmar".

Também nesta quarta, o embaixador de Mianmar em Londres, Kyaw Zwar Minn disse à agência Reuters que foi forçado a deixar a sede da diplomacia do país após romper com os militares.

Homens correm durante um protesto contra o golpe militar, em Yangon, Mianmar, em 28 de março de 2021

Reuters

O regime tem reprimido essas manifestações com muita violência, e também tem recebido críticas internacionais e sanções econômicas por isso.

Os protestos são – em sua maioria – pacíficos e os manifestantes costumam carregar cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência civil.

Golpe em Mianmar

Alegando fraude eleitoral, uma junta militar tomou o poder em 1º de fevereiro, após prender a cúpula do governo e a maior liderança política de Mianmar, Aung San Suu Kyi.

ENTENDA: O golpe militar em Mianmar

No mês passado, o governo proibiu concentrações, mobilizou veículos blindados, e efetuou prisões noturnas contra opositores para tentar minar os protestos.

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Fonte: G1

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