App que muda idade e gênero volta à popularidade e usuários questionam privacidade e segurança

Faceapp, que bombou em 2019, voltou a fazer sucesso durante o final de semana, com usuários compartilhando imagens de transformações no Twitter. FaceappReprodução/Google [...]

Por Rogério Magno em 15/06/2020 às 14:23:46
Faceapp, que bombou em 2019, voltou a fazer sucesso durante o final de semana, com usuários compartilhando imagens de transformações no Twitter. Faceapp

Reprodução/Google Play

O Faceapp, aplicativo que ficou famoso em 2019 por mudar feições e envelhecer rostos, voltou a ser um dos assuntos mais comentados deste fim de semana, com usuários compartilhando fotos no Twitter.

Celebridades e famosos tiveram fotos submetidas aos filtros de troca de gênero e vários memes surgiram.

O aplicativo ganhou espaço em julho do ano passado, com famosos usando o software para mostrar como ficariam depois de passar por um filtro que envelhece o usuário. À época, popularidade repentina do aplicativo também levantou suspeitas e a política de privacidade do Faceapp acabou virando polêmica, principalmente por não ter especificidade e deixar lacunas.

Por causa disso, muita gente aproveitou o retorno do app para relembrar os problemas que ele tinha: os termos de privacidade eram do tipo "receita de bolo", copiados de outros contratos existentes na internet, e a origem da empresa fabricante era duvidosa.

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Nova política de privacidade

A política de privacidade do Faceapp foi atualizada em dezembro de 2019, depois das polêmicas de 2019. O novo documento, que pode ser lido em português, é mais específico e deixa claro que o Faceapp coleta e usa informações dos usuários.

Nos novos termos, o Faceapp afirma que coleta informações sobre o uso do aplicativo, redes sociais que podem ter sido usadas como forma de login, dados do aparelho e informações de navegação on-line no serviço da empresa ou em sites e aplicativos de terceiros.

Sobre as fotos, o Faceapp afirma que coleta apenas a imagem que o usuário escolheu modificar e que aplica criptografia, com chave armazenada no dispositivo. "Isso significa que apenas o dispositivo que pode ver a foto é o dispositivo que fez o upload da imagem", diz a polícia de privacidade. Informações associadas às imagens (chamadas de metadados) são deletadas, segundo o Faceapp.

Quanto aos usos que faz das informações, o Faceapp diz que coleta esses dados para apresentar publicidade, enviar material promocional, para funcionamento do aplicativo e para criar novos dados "anônimos, agregados e não-identificados".

O aplicativo diz ainda que compartilha as informações dos usuários com afiliados, provedores de serviços, parceiros publicitários, redes sociais e outros negócios. De acordo com a política, o aplicativo pode vender, transferir e até compartilhar alguns ou todos os ativos do negócio, incluindo informações pessoais dos usuários, caso seja comprado por outra empresa ou abra falência por exemplo.

Nos novos termos, o Faceapp passou a incluir uma possibilidade de exclusão de informações, na área de suporte do aplicativo. Os dados das imagens e as fotografias enviadas são excluídas automaticamente entre 24h e 48h depois da última edição.

Fonte: G1

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