Apesar do visual incomum, isso se dá porque as aranhas querem evitar o trânsito por solos encharcados. Recentemente, a região de Gippsland foi acometida por cheias de rios, deixando o chão com bastante acúmulo de água. As aranhas, no intuito de contornar o problema, teceram grandes “lençóis” de seda para se moverem por aí, ao mesmo tempo em que se mantêm sequinhas.
Isso também é importante para o equilíbrio natural, haja vista que são as aranhas as responsáveis naturais pelo controle de pragas. Em outras palavras: matá-las indiscriminadamente pode gerar uma explosão na população de baratas, mosquitos e outros insetos.
O processo de construção dessas teias também é bastante simples. Tomara que você não tenha fobias pelo que vamos contar agora, mas fica mais um aviso de gatilho aqui: por mais que você não possa vê-las, nós sempre estamos rodeados por aranhas.
Aquela brincadeira popularizada pela internet, de que sempre há um aracnídeo há pelo menos um metro de você, é um mito exagerado, mas com um fundo de verdade: eles estão por perto a maior parte do tempo, enterrados em tocas subterrâneas ou escondidas nas partes baixas de folhagens e arbustos.
Quando uma enchente ou algo do tipo ocorre, as aranhas precisam fugir rapidamente, então lançam longos fios de seda, incrivelmente leves, que são capturados e arrastados pelo vento até se prenderem em alguma coisa alta. Agora imagine o mesmo processo feito por toda a população aracnídea de uma região rural, e fica fácil entender o motivo dessas enormes teias de aranha e o visual “fantasmagórico” na Austrália estarem presentes.
Em suma, é um mecanismo natural de sobrevivência. “Bebês-aranha” também usam disso para se afastarem uns dos outros (nessa idade, aranhas tendem a ser canibalistas, então elas se afastam de seus irmãos para criarem seus próprios ninhos). E o melhor é que teias de aranha tendem a se dispersar por conta própria depois de alguns dias.
Enquanto isso não acontece, porém, a natureza nos contempla com essas imagens incríveis.
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Fonte: Olhar Digital