Kim Yo-jong é uma importante conselheira do irmão e cotada para assumir o poder caso o ditador morra ou renuncie. Declaração ocorre após conselheiro da Casa Branca falar em 'sinal interessante'. Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un e cotada para assumir o poder na Coreia do Norte caso o ditador morra ou renuncie, em foto de março de 2019
Jorge Silva/Pool via Reuters
A influente irmã do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, afirmou nesta terça-feira (22) que os Estados Unidos têm expectativas "equivocadas" a respeito do diálogo com o país e teria que enfrentar uma grande "decepção", segundo a imprensa estatal do país.
A declaração de Kim Yo Jong ocorrem após Jake Sullivan, conselheiro para Segurança Nacional do presidente americano, Joe Biden, falar em "sinal interessante" (veja mais abaixo).
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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e sua irmã, a influente Kim Yo-jong
Korea Summit Press via AFP
O governo Biden prometeu uma abordagem prática e equilibrada, baseada em esforços diplomáticos, para convencer a Coreia do Norte a abandonar seus programas armamentistas e de mísseis balísticos, que são condenados pela comunidade internacional.
Em resposta, o ditador norte-coreano declarou na semana passada que o país deveria estar preparada tanto para o diálogo quanto para o confronto com os americanos.
O assessor da Casa Branca afirmou em entrevista que a reação de Kim Jong-un era um "sinal interessante" e que o governo dos EUA iam "esperar para ver se eles são acompanhados por algum tipo de comunicação mais direta conosco sobre um possível caminho a seguir".
'Conforto para si mesmos'
Já o representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Sung Kim, se reuniu na segunda-feira (21) com o ministro sul-coreano da Unificação, em viagem a Seul, e reiterou a vontade do governo Biden de conversar com o vizinho do Norte.
Segundo o representante especial, o governo americano estava disposto a uma reunião com o norte-coreano "em qualquer lugar, a qualquer hora, sem condições prévias".
Horas depois, Kim Yo Jong afirmou em um comunicado que os EUA parecem estar buscando "conforto para si mesmos" e que o país tem expectativas "equivocadas", que "provocariam uma decepção ainda maior".
O comunicado de Jong, importante conselheira do irmão, foi divulgado pela agência de notícias oficial KCNA.
Crise alimentar
No fim de semana, o governo norte-coreano admitiu que enfrenta uma crise alimentar, o que provocou alarme em um país com um setor agrícola deficiente e que há muitos anos enfrenta dificuldades para atender às necessidades do país.
A escassez na Coreia do Norte foi agravada pelo isolamento do país para evitar a entrada do coronavírus e a redução do comércio com a China, seu principal parceiro econômico.
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