G1
Órgão ligado à ditadura cubana confirmou uma morte e diversos feridos nos protestos de segunda-feira (12). Versão do governo é de que forças de segurança revidaram um grupo que atirou pedras e outros objetos. Carros revirados em Havana após protestos contra o governo de Cuba, no domingo (11).YAMIL LAGE / AFPOs protestos contra o regime comunista em Cuba deixaram uma pessoa morta e diversos feridos, afirmou nesta terça-feira (13) o governo por meio da Agência Cubana de Notícias — um dos veículos estatais.Manifestantes gritam "liberdade" e "pátria livre" em protestos em CubaSegundo a nota, a vítima é um homem de 36 anos que, diz o regime, tinha passagens por "desacato, furto e alteração na ordem" e morreu durante os protestos de segunda-feira (12). As autoridades cubanas reconheceram, ainda, que houve confronto, mas acusou os manifestantes de atirarem pedras e outros objetos. A causa exata da morte do manifestante não foi esclarecida.LEIA TAMBÉM:Entenda em 3 pontos por que milhares saíram às ruas em CubaComo redes sociais foram cruciais em manifestações históricasSANDRA COHEN: Cuba promove 'apagão digital' para silenciar protestosProtestos em Havana, capital de Cuba, neste domingo (11)Reuters/StringerÉ a primeira confirmação de uma morte nos protestos contra a ditadura cubana desde o início das manifestações, que começaram no domingo (11). As informações dificilmente chegam completas a outros países devido ao bloqueio parcial da internet em Cuba.Nesta terça, uma youtuber cubana interrompeu uma entrevista ao vivo para a televisão espanhola ao dizer que a polícia de seu país estava à sua porta. Imagens transmitidas pela emissora Telemundo, braço da americana NBC em espanhol, mostram o que parece ser a jovem sendo acompanhada por dois agentes para dentro de uma viatura.Protestos em CubaProtestos contra o governo em CubaAlexandre Meneghini/ReutersO agravamento da pandemia da Covid-19 e a situação econômica, a pior em 30 anos, motivaram as marchas que ocorreram na capital, Havana, e em outras cidades.Os protestos, divulgados nas redes sociais, começaram de forma espontânea pela manhã no domingo. Houve também atos pró-governo, a pedidos do presidente Miguel Díaz-Canel. Estima-se que mais de 100 pessoas tenham sido presas nessas manifestações, incluindo jornalistas.Manifestantes favoráveis ao governo de Cuba durante ato no domingo (11)Yamil Lage/AFPMoradores também têm relatado cortes de eletricidade na ilha, severamente prejudicada pela redução do turismo.O governo cubano diz que a mobilização está ligada a setores ligados aos Estados Unidos, que estariam, na visão de Havana, interessados em desestabilizar o país.