Rio Grande do Norte tem 94 mil inscritos para o Enem 2021, diz Inep

Por Rogério Magno em 16/07/2021 às 16:01:57
São quase 35 mil candidatos a menos do que em 2020 e número ainda pode cair, já que pagamento da taxa de inscrição pode ser feita até segunda-feira (19). Brasil tem menor número desde 2007. Enem 2020 em Natal, durante o segundo dia de prova

Julianne Barreto/Inter TV Cabugi

Mais de 94 mil candidatos (94.773, exatamente) se inscreveram para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 no Rio Grande do Norte.

O número por estado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta sexta-feira (16).

O número de participantes é 26% menor do que no ano passado, quando 129,1 mil estudantes participaram do Enem no Rio Grande do Norte - quase 35 mil a mais.

A queda não é exclusividade do estado. No Brasil, foram 4 milhões de inscritos neste ano - o menor número desde 2007. Em 2020, foram 5,7 milhões.

O número ainda pode cair, já que o total final de participantes inscritos só será confirmado depois de segunda-feira (19), dia em que vence o prazo para o pagamento da taxa de inscrição, que é de R$ 85. Sem essa validação, a inscrição não é confirmada.

Impressa e digital

No Rio Grande do Norte, 92.433 estudantes vão fazer a prova impressa, enquanto outros 2.300 optaram pela digital. O Enem Digital é exclusivo para quem já concluiu o ensino médio ou está concluindo essa etapa em 2021. Os ""treineiros" só tiveram a opção da impressa.

Impresso: 92.433

Digital: 2.300

Total: 94.733

O Inep reforçou que, diferente de 2020, o primeiro ano do Enem Digital, em 2021 os dois formatos de exame terão a mesma prova, com questões iguais e mesmo tema de redação.

O Enem 2021 vai acontecer nos dias 21 e 28 de novembro.

Pandemia e abstenção em 2020

No ano passado, apesar do número maior de inscritos, o Rio Grande do Norte registrou uma abstenção de quase 50% dos candidatos nos dias das provas. Mais de 64 mil alunos faltaram. No Enem Digital, a abstenção chegou a de 60% apenas no primeiro dia de prova.

No Brasil, o total de ausentes passou da metade dos candidatos e chegou a 55,3%.

Motivos para redução de candidatos

Um dos motivos apontados pelos especialistas para a queda de inscrições é a pandemia e a consequências dela. Desde o medo de contaminação, até o fato de estudantes estarem há mais de um ano sem frequentar a sala de aula. Outros precisaram trabalhar por problemas econômicos em casa.

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"Acho que é reflexo fundamentalmente de duas questões: a primeira é a perda do vínculo com a educação e com os próprios estudos em função de um ensino remoto de baixíssima efetividade e com alcance limitado", apontou Olavo Nogueira Filho, diretor-executivo da organização Todos Pela Educação.

"E o segundo [motivo] é que é reflexo da necessidade de busca de renda por parte de muitos desses jovens", completa.

Para conceder novamente o benefício da isenção aos alunos que faltaram no ano passado, o Ministério da Educação (MEC) aceitava motivos como morte na família ou problemas de saúde – mas não o medo de contágio pela Covid-19.

Ou seja: quem deixou de fazer a prova porque não queria se expor a aglomerações perdeu o direito à isenção nesta edição.

"Isso impacta, claro. Ainda mais quando a gente volta pro quadro de que metade dos jovens de 15 a 29 anos tiveram impacto na sua renda familiar. A crise econômica tem afetado muito [os] jovens e naturalmente a taxa [de inscrição] incide", afirma Nogueira Filho, do Todos Pela Educação.

O especialista diz que a inação do governo federal contribuiu para o cenário. "Nós estamos diante de um Enem que prejudicará os mais pobres – em função da pandemia, do ensino remoto [que] foi menos efetivo para os jovens mais pobres de maneira mais forte", afirma.

"Quando o governo não toma, por exemplo, uma decisão de rever a regra da isenção da taxa, é essa inação. O governo não enxerga o problema em termos um Enem que prejudica os jovens mais pobres, não parece estar incomodado com o fato de a gente ter, pelo segundo ano consecutivo, um Enem excludente", diz Nogueira Filho.

Disciplinas e horários

Como nos últimos anos, o Enem será aplicado em dois domingos.

21 de novembro

45 questões de linguagens;

45 questões de ciências humanas

uma redação.

28 de novembro

A prova tem meia hora a menos*

45 questões de matemática

45 questões de ciências da natureza.

Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):

Abertura dos portões: 12h

Fechamento dos portões: 13h

Início das provas: 13h30

Término das provas no 1º dia: 19h

Término das provas no 2º dia: 18h30

Regras de prevenção à Covid-19

Será obrigatório que os candidatos usem máscara durante a prova para reduzir o risco de contaminação por Covid-19. No edital, também há a determinação para o uso de álcool em gel na higienização das mãos.

De acordo com o edital do Exame, não seguir os protocolos de prevenção à Covid-19 é considerado critério de eliminação.

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Fonte: G1.RN

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