Uruguaios vislumbram o horizonte sem a Covid-19

Por Rogerio Magno em 26/07/2021 às 10:39:48
País alcança 60% de vacinados e planeja empreender turismo de vacinas a partir de setembro. Sala de aula da Escola Nº 38, em Montevidéu, em foto de 1º de março de 2021

Cortesia ANEP

Com 60% da população vacinada com a segunda dose, os uruguaios já podem vislumbrar em setembro o horizonte sem a ameaça da Covid-19. O governo planeja abrir em dois meses suas fronteiras a não residentes, assim como empreender o turismo de vacinas.

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A ideia é imunizar primeiro 80% dos uruguaios para depois vacinar os estrangeiros. Para receber a primeira dose de Pfizer, Sinovac ou AstraZeneca, os turistas precisariam ficar no mínimo 21 dias no país, de acordo com os planos do governo.

A rede hoteleira, sobretudo em Punta del Este, aposta suas fichas no turismo vacinal, que já é aplicado com êxito em Miami, para recuperar os prejuízos impostos pela pandemia do novo coronavírus. Atualmente, os brasileiros estão proibidos de entrar no Uruguai, a menos que sejam residentes no país. Ainda assim, sem vacina, são submetidos a uma quarentena que varia de 7 a 14 dias.

Conforme antevê o ministro do Turismo, Germán Cardoso, em 60 dias a meta de vacinação dos uruguaios estará cumprida e ainda haverá sobra de imunizantes. Em alguns estados do Uruguai, como Flores, 68% já foram inoculados -- índice superior ao do Chile, o país mais bem-sucedido do continente. No Brasil, a taxa de vacinados com duas doses ainda é de 17,2%.

O país de 3,5 milhões vem registrando um declínio acentuado em número de casos e mortes e, há uma semana, retornou à zona amarela do índice de Harvard, com 7,02 infectados para cada 100 mil habitantes.

A pandemia não impôs toque de recolher ou bloqueios rígidos no Uruguai, mas provocou picos de incertezas. Em março passado, o país figurava entre os de maior índice de mortes per capita no mundo, com hospitais lotados e falta de oxigênio e de pessoal. Dois meses depois, os resultados de uma ágil e bem planejada campanha de vacinação começaram a ser percebidos e podem ser comemorados.

O governo superou a ameaça de colapso em sua rede hospitalar e possibilitou que os uruguaios revivessem a rotina pré-pandemia com a retomada integral do ensino presencial e parcial de atividades culturais. O retorno aos antigos parâmetros da realidade tornou-se possível com a aplicação de uma fórmula já conhecida: a imunização em massa.

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Fonte: G1

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