Here is Nicole Oliveira de Lima Semião and her parents , Zilma Janacá Oliveira de Lima Semião and Jean Carlo Lessa
Publicado por International Astronomical Search Collaboration em Quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Se isso acontecer, Nicolinha já sabe quem, possivelmente, irá homenagear. “Eu pretendo dar nomes a eles de cientistas brasileiros ou de pessoas da minha família”, diz a astrônoma mirim, que tem como inspirações o astronauta e ministro do MCTI Marcos Pontes e as astrônomas Duília de Mello e Rosaly Lopes.
Rosaly está no Guinness Book of World Records 2006 (edição em inglês) como a pessoa que encontrou o maior número de vulcões ativos do universo (71 deles, em Io, satélite de Júpiter).
Nicolinha tem tudo para seguir os passos desse ídolo e também compor o livro dos recordes, segundo o astrofotógrafo, astrônomo, diretor técnico do Serviço Brasileiro de Observação de Meteoros (Bramon, na sigla em inglês) e colaborador do Olhar Digital, Marcelo Zurita.
“Segundo o Guinness, a pessoa mais jovem a descobrir um asteroide foi o Luigi Sannino, com 18 anos. Ou seja, se as descobertas da Nicolinha forem confirmadas, ela tem tudo para entrar para o Guinnness”, afirma Zurita, que acompanha o trabalho da menina há anos.
“Quando pensamos em uma criança astrônoma, imaginamos logo que seus pais devem ser astrônomos, que envolvem a criança em suas atividades e a levam para os eventos. Mas com a Nicolinha, a história é bem diferente”, lembra Zurita. “Seu interesse pela astronomia é autêntico, parece ter nascido com ela, e seus pais, Zilma e Jean Carlo, é que foram arrastados pela Nicolinha para as atividades e os eventos astronômicos. E ela não se satisfaz apenas em assistir, ela quer, desde já, fazer parte desse mundo e contribuir com a Ciência”.
Conforme enfatiza nosso colaborador, o apoio dos pais é essencial. “Com o fundamental apoio e incentivo de seus pais, Nicole tem sede de aprender cada vez mais, como é comum em todas as crianças, mas com uma força de vontade e uma coragem que, com certeza, irão levá-la ainda mais longe”.
Em 2020, Nicolinha foi convidada a participar de um evento do Asteroid Day, onde palestrou sobre o asteroide Bennu, cuja história a garotinha considera muito interessante. “A partir daí, eu não parei mais. Comecei a dar palestras em canais, escolas, tudo online, por causa da pandemia”.
A menina ganhou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica de 2020 e tirou nota máxima na edição de 2021, na sua categoria (nível 1, que vai do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental 1). O quadro de medalhas sai oficialmente nesta sexta-feira (30), e Nicole e sua família estão na torcida por mais um ouro.
“Ela é muito ativa na astronomia no Brasil, hospedando seu próprio clube de astronomia online”, diz Patrick Miller. “Recentemente, ela fez uma apresentação no 1º Seminário Internacional de Astronomia e Astronáutica organizado pelo MCTI”.
O evento aconteceu em junho de 2021, reunindo mais de 40 palestrantes, entre eles, a pequena Nicole, que divide seu tempo entre essas palestras que eventualmente é convidada a ministrar, os cursos que aplica no Clube Nicolinha e Kids, seus vídeos no canal As Observações de Nicolinha e a escola.
Ah, e como toda criança, Nicolinha não esquece de algo muito importante para sua idade: a hora da diversão. “Como eu estudo pela manhã, as minhas atividades extras são no período da tarde ou da noite. Então, eu consigo conciliar o horário da escola com os astroeventos, palestras, cursos, e, principalmente, com o meu horário de brincar”.
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Fonte: Olhar Digital