Manto lunar pode explicar o que torna um planeta habitável; entenda

Por Rogerio Magno em 06/08/2021 às 07:02:49

Novos resultados de diferentes estudos mostram como pedaços do manto lunar podem ajudar a explicar quais fatores podem tornar um planeta habitável. O manto lunar é uma espécie de camada do interior da Lua logo abaixo da crosta visível do nosso satélite natural. Porém, alguns pedaços dele foram lançados à superfície após asteroides e cometas golpearem a Lua ao longo de eras.

Mesmo que a Lua não seja habitável, ela tem um manto igual ao da Terra, com isso, os cientistas usam o satélite como um substituto para entender melhor a evolução dos planetas rochosos, mesmo aqueles que são potencialmente habitáveis que estão a alguns anos-luz de distância daqui e só podem ser vistos com ajuda de telescópios de última geração.

Os estudos envolvendo o manto lunar foram bastante complexos e integraram teoria, modelagem e um mapa com prováveis localizações do material do manto usando três conjuntos de dados. “Entender esses processos [manto] em mais detalhes terá implicações para importantes questões de acompanhamento”, disse o autor principal de dois estudos sobre o tema, Daniel Moriarty.

Atenção à Lua

Robôs do programa CLPS
Robôs que serão usados no Commercial Lunar Payload Services, Crédito: Rebecca Roth/Nasa

Segundo ele, o entendimento sobre a origem do manto lunar tem um valor que vai além do científico, mas também pode ser importante para a exploração espacial. Ultimamente, a Nasa tem impulsionado trabalhos que incluem a exploração do nosso satélite, o que inclui uma série de robôs do programa de Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS).

Alguns desses robôs têm a tarefa de recolher pedaços do manto lunar na superfície da Lua para retornar à Terra. Se tudo correr conforme o planejado pela Nasa, humanos voltarão à Lua na metade da década de 2020 como parte do programa Artemis, que, entre outras coisas, deve levar a primeira equipe de astronautas mulheres à Lua.

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Do ponto de vista da exploração lunar, um dos objetivos do programa Artemis é analisar o entorno de crateras de impacto no polo sul da Lua, com especial atenção em uma estranha assinatura radioativa radioativa em uma região de 2.600 quilômetros conhecida como Bacia do Polo Sul-Aitken, uma região privilegiada para estudos sobre a formação do manto lunar.

Hoje, acredita-se que os planetas rochosos crescem à medida que grãos de poeira e rochas menores se unem sob sua gravidade mútua. Essas colisões geram muito calor, auxiliado por elementos radioativos que liberam calor ao mesmo tempo que decaem naturalmente. Em objetos maiores, como planetas, é liberado calor o suficiente para a formação de oceanos de magma.

Com informações do Space

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Fonte: Olhar Digital

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