Fazendas de "fake news" alcançaram mais de 140 milhões de usuários do Facebook, diz relatório

Por Rogerio Magno em 19/09/2021 às 21:28:54

As fábricas de “fake news” nas redes sociais começaram a trabalhar – e muito! – meses antes das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos. É o que aponta um relatório produzido pelo Facebook e obtido pelo MIT Technology Review. O documento ainda ponta que quase metade de população norte-americana foi exposta à desinformação gerada por “fazendas de trolls” europeias criadas para disseminar informações falsas online.

Desde as eleições de 2016, o Facebook busca maneiras de reprimir a desinformação nas suas redes, mas de acordo com o estudo, seus próprios algoritmos ajudaram a espalhar o conteúdo enganoso. As “fazendas de trolls” teriam atingido cerca de 140 milhões de norte-americanos por mês na corrida para a eleição presidencial de 2020.

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A empresa buscou uma estratégia de monitorar e anular atividades suspeitas assim que elas surgissem, para evitar “o pior do pior”. Porém, essa abordagem fez pouco para conter os grupos que trabalham de forma coordenada para postar conteúdo provocativo, muitas vezes propaganda, nas redes sociais. Mais de 15 mil páginas, boa parte criadas no Kosovo e na Macedônia, espalhavam o conteúdo enganoso para os usuários norte-americanos – 75% dos quais nunca haviam sequer seguido nenhuma das páginas.

Ilustração de fake news nas redes sociais
Para os analistas do Facebook, o próprio algoritmo da rede ajuda na disseminação de informações falsas. Imagem: BigNazik/Shutterstock

“Em vez de os usuários escolherem receber conteúdo desses atores, é nossa plataforma que está optando por dar [a essas “fazendas de trolls”] um alcance enorme”, escreveu o autor do relatório, Jeff Allen, um ex-cientista de dados de nível sênior do Facebook. Vários dos alvos dos criadores de notícias falsas eram comunidades cristãs, afro-americanas, nativas americanas e de mulheres.

Um porta-voz da empresa disse em comunicado que a rede social “já estava investigando esses tópicos” e que “desde então, levantamos equipes, desenvolvemos novas políticas e colaboramos com a indústria para lidar com essas redes. Tomamos medidas agressivas de aplicação da lei contra esses tipos de grupos não-autênticos, estrangeiros e domésticos, e compartilhamos os resultados publicamente trimestralmente”.

Via: MIT Technology Review/Business Insider

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Fonte: Olhar Digital

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