CEOs de gigantes da tecnologia se defendem em audiência no Congresso dos EUA

Por Rogerio Magno em 29/07/2020 às 15:03:20
Comissão investiga se Facebook, Google, Amazon e Apple abusam de posição dominante no mercado e aplicam prática de monopólio. Zuckerberg e Bezos pretendem defender o sucesso de suas empresas em um mundo de grande concorrência. Jeff Bezos (Amazon), Tim Cook (Apple, )Sundar Pichai (Alphabet, matriz da Google), e Mark Zuckerberg (Facebook) participam de audiência do Congresso dos EUA nesta quarta (29)

AP Photo/Pablo Martinez Monsivais, Evan Vucci, Jeff Chiu, Jens Meyer

Os CEOs de Facebook, Google, Amazon e Apple comparecem nesta quarta-feira (29), nos Estados Unidos, em uma inédita audiência com os quatro gigantes de tecnologia na Câmara. Uma comissão investiga se as empresas abusam de posição dominante no mercado e aplicam prática de monopólio.

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Mark Zuckerberg (Facebook), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Alphabet, matriz do Google) e Tim Cook (Apple) responderão as perguntas do Comitê Judicial da Câmara de Representantes por videoconferência devido à pandemia do coronavírus.

O interrogatório estava marcado para começar a partir das 13h (horário de Brasília), mas começou apenas às 14h05.

"Eles têm muito poder", disse o democrata David Cicilline, presidente do comitê antitruste, no comentário de abertura.

"Embora essas empresas dominantes ainda possam produzir novos produtos inovadores, seu domínio está matando os pequenos negócios, a manufatura e o dinamismo geral que são os motores da economia americana", afirmou.

Mark Zuckerberg (Facebook), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Alphabet, matriz do Google) e Tim Cook (Apple) fazem juramento antes de começar o interrogatório

Reprodução

Defesa de Zuckerberg e Bezos

Em comentários divulgados na terça-feira (28), Zuckerberg e Bezos destacaram que pretendem defender o sucesso de suas empresas em um mundo de grande concorrência, informou a agência France Presse.

De acordo com comentários preparados para a audiência, Zuckerberg deve afirmar que o Facebook não teria sucesso sem as leis americanas que estimulam a concorrência, mas também deve pedir que as regras da internet sejam atualizadas.

"O Facebook é uma empresa orgulhosamente americana", afirmará Zuckerberg, de acordo com trechos de seu discurso divulgados de maneira antecipada.

Mark Zuckerberg, CEO e fundador do Facebook, em imagem de maio

Reprodução/Facebook

"Nossa história não seria possível sem as leis americanas que incentivam a concorrência e a inovação", acrescenta.

Em uma mensagem publicada na véspera, Bezos destacou que a "Amazon deve ser examinada" pelos legisladores, como qualquer grande organização.

Mas, depois de classificar sua empresa de comércio eletrônico como um "sucesso" dos Estados Unidos, se mostrou desafiante ao destacar que "quando você se olha no espelho, avalia as críticas e ainda acredita que está fazendo a coisa certa, nenhuma força no mundo poderá detê-lo".

Esta será a primeira vez que Bezos comparecerá a uma audiência no Congresso.

Jeff Bezos, fundador da Amazon, em imagem de 2019

Getty Images

Zuckerberg também reconheceu "preocupações sobre o tamanho e o poder das empresas de tecnologia".

"É por isso que pedi um papel mais ativo para governos e reguladores além de regras atualizadas para a Internet", continua.

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Fonte: G1

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