Ex-presidente Uribe anuncia que Justiça da Colômbia ordenou sua captura

Por Rogerio Magno em 04/08/2020 às 18:08:52
Ex-presidente é investigado por manipular testemunhas na qualidade de senador, o que poderia levá-lo a julgamento por dois crimes relacionados - suborno e fraude processual - e punidos com cerca de oito anos de prisão. O ex-presidente e atual senador colombiano Álvaro Uribe, em foto de 8 de outubro de 2019

Raul Arboleda/AFP

O ex-presidente Álvaro Uribe, o político mais influente da Colômbia deste século, anunciou nesta terça-feira (4) que a justiça do país ordenou sua captura no âmbito do processo contra ele por manipulação de testemunhas contra um opositor.

"A privação da minha liberdade me causa profunda tristeza por minha esposa, por minha família e pelos colombianos que ainda acreditam que fiz algo bom pela Pátria", escreveu o ex-presidente (2002-2010) em sua conta no Twitter.

Uribe, líder do partido no poder, não informou se a decisão, que corresponde à Suprema Corte, implica em que será mandado para a prisão ou se é uma ordem de prisão domiciliar.

Mentor político do presidente Iván Duque, o ex-chefe de Estado, de 68 amos, divulgou a decisão do tribunal no âmbito da audiência celebrada nesta terça por juízes para definir sua situação.

O ex-presidente de direita é investigado por manipular testemunhas na qualidade de senador, o que poderia levá-lo a julgamento por dois crimes relacionados (suborno e fraude processual) e punidos com cerca de oito anos de prisão.

Uribe havia sido interrogado pelos juízes em 9 de outubro.

O ex-presidente acabou envolvido em uma guinada inesperada da justiça.

Em 2012, Uribe apresentou uma denúncia contra o senador de esquerda Iván Cepeda por um suposto complô contra ele, apoiado em falsos testemunhos.

Uribe afirma que Cepeda - um de seus maiores adversários políticos e testemunha em seu processo - contatou ex-paramilitares para que o envolvessem em atividades criminosas dos grupos de ultradireita que combateram implacavelmente as guerrilhas esquerdistas.

Mas a corte se absteve de denunciar Cepeda e decidiu abrir em 2018 uma investigação contra o ex-presidente pela mesma suspeita: manipulação de testemunhas contra seu adversário.

Fonte: G1

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