Em entrevista ao El País, Lula fala de possível projeto para 2022

Por Rogerio Magno em 21/11/2021 às 16:12:04

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva completou, no último sábado (21), viagem por países europeus, como Alemanha, França e Espanha, onde realizou encontros com lideranças locais. Lula foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu e recebido com honras de chefe de Estado pelo presidente francês Emanuel Macron.

Neste domingo, o ex-presidente foi capa do jornal El País, da Espanha, que está entre os de maior circulação, onde abordou temas importantes que devem ganhar destaque cada vez maior à medida que o Brasil entra em ano eleitoral.


Lula deu entrevista a Pepa Bueno e Lucía Abellan / Reprodução El País

Primeiro, Lula atrelou sua candidatura a duas agendas: "recuperar o prestígio internacional (do Brasil) e que o povo possa comer três vezes ao dia."

Ele destacou um mote reiterado ainda na sua primeira campanha, o de combate à fome global. "Não posso admitir que o mundo produza mais alimentos do que a humanidade pode comer, e que tenhamos 800 milhões de pessoas com fome no mundo.", disse Lula ao El País.

O líder do PT ainda apontou para o fato de que as políticas públicas do governo implementadas a partir de 2018, com o governo Bolsonaro, levaram o Brasil da sexta posição como maior economia mundial para a 13ª. O que ocorreu, segundo ele, foi a destruição do setor industrial brasileiro: "deixamos de ser um sonho para os investidores estrangeiros e passamos a ser um pesadelo."

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Perguntado como poderia ser resolvido o quadro de crise pós-pandemia, Lula apontou para o fundo de 760 bilhões de euros criado pela União Europeia e o plano dos EUA de 1 trilhão de dólares para injetar na economia. Ele defendeu, desse modo, que "o Estado tem que ser o indutor desse movimento, tem que colocar o dinheiro para que a economia cresça. Na crise de 2008 fizemos isso."

Por fim, ao ser indagado sobre o que tirou da experiência dos processos judiciais contra ele e sua prisão, Lula disse que, primeiro, foi decisão sua ir para a prisão em vez de sair do país, já que tinha consciência de sua inocência.

E complementa: "tinha segurança de que o juiz Moro e os procuradores haviam formado uma quadrilha político-econômica para me destruir, que decidi ir à polícia para provar minha inocência. E acredito que consegui."

Fonte: Brasil de Fato

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