Ansiedade na meia idade pode ser um sinal de Alzheimer, aponta estudo

Por Rogerio Magno em 27/11/2021 às 04:32:12

Um novo estudo, comandado por pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, sugere que os sintomas da ansiedade em adultos de meia-idade podem ser um indicativo do estágio inicial da doença de Alzheimer. Segundo os pesquisadores, o mesmo vale para a depressão.

A pesquisa examinou a relação entre sintomas comuns da depressão e da ansiedade com a perda de memória e confusão mental em 2.657 adultos na chamada meia idade. Essa faixa etária corresponde às pessoas que têm entre 40 e 60 anos.

Algo que já era conhecido é o fato de que a ansiedade elevada tem relação com atenção e memória insuficientes. Segundo o professor associado da Monash, Yen Ying Lim, isso sugere que a ansiedade pode ser um indicador do estágio inicial da doença de Alzheimer”.

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Sintomas de ansiedade e depressão na meia-idade também podem ser sinais de outras formas de demência. Imagem: Lightspring – Shutterstock

O professor Lim também acredita que ela pode estar relacionada ao desenvolvimento de outros tipos de demência em alguns pacientes. Segundo ele, os pacientes com sintomas de depressão e ansiedade também relataram maior preocupação com sua própria memória e com seus pensamentos.

“Isso sugere que as preocupações subjetivas sobre a própria memória e habilidades de pensamento podem estar relacionadas a sintomas psicológicos ou de humor”, explica Lim. Essas descobertas sugerem que sintomas de ansiedade na meia-idade podem aumentar o risco de Alzheimer em algum momento da vida.

E o oposto?

“A triagem para esses sintomas pode ser um meio de identificar as pessoas que experimentam ou estão em risco de declínio cognitivo”, explica o professor. Porém, Lim acredita que ainda são necessários mais estudos para entender exatamente o que liga os sintomas de depressão e ansiedade ao declínio cognitivo.

Os resultados da pesquisa sobre a ligação entre depressão e ansiedade na meia-idade foram publicados no Journal of Affective Disorders. Agora, a equipe do professor Lim espera entender se a melhora desses sintomas pode impedir o declínio da memória e do pensamento em um novo ensaio clínico.

Via: Medical Xpress

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Fonte: Olhar Digital

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