Assédio é a forma mais comum de violência contra a mulher no mundo virtual

Por Rogerio Magno em 30/11/2021 às 22:45:13

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon em conjunto com a empresa de pesquisa digital Decode apresentou dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no mundo virtual. O levantamento foi realizado em dois momentos distintos, entre janeiro de 2019 e março de 2020 e entre julho de 2020 e fevereiro de 2021.

O levantamento revelou que o assédio é a principal forma de violência contra a mulher no mundo virtual, com mais de 38% de incidência. A segunda forma de violência mais comum foram as ameaças de divulgação de fotos ou vídeos íntimos, com uma incidência de 24%.

Entre os casos de assédio, destacam-se o recebimento de mensagens, fotos e vídeos com conotação sexual sem que as mulheres solicitassem ou consentissem com o recebimento desse conteúdo. Casos de perseguição (stalking) e de envio de mensagens de ódio também foram relatados.

Diferentes formas de abuso

Uma série de mulheres relatou ter sofrido algum tipo de perseguição virtual. Crédito: Sander van der Werf/Shutterstock

O levantamento analisou mais de 286 mil vídeos, 154 mil menções, além de comentários, reações e compartilhamentos para investigar a violência contra a mulher no mundo virtual.

“A pesquisa traz resultados expressivos, demonstrando que a internet é um lugar repleto de possibilidades de violências contra meninas e mulheres”, declarou a coordenadora de pesquisa e impacto do Instituto Avon, Beatriz Accioly.

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Segundo a executiva, a violência contra a mulher recebe uma série de nomes no ambiente virtual, como assédio, cyberstalking ou perseguição, vazamento de nudes, entre outras formas de abuso. Porém, apesar de ser um ambiente potencialmente tóxico, a internet também pode ser um refúgio para as mulheres.

Não é só violência

“Além de um espaço potencialmente perigoso, a internet também funciona como um ambiente para o qual meninas e mulheres recorrem em busca de informações, ajuda e apoio, seja para compartilhar suas histórias ou mesmo para fazer denúncias”, explica Accioly.

Apesar das violências terem acontecido em um ambiente virtual, as consequências nas vidas de muitas mulheres foi bastante real. 35% das vítimas desenvolveram medo de sair de casa. 30% apresentaram medo de contato social e ideação suicida e outros 21% excluíram suas redes sociais.

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Fonte: Olhar Digital

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