Foram 1,31 milhão de casos, contra 1,49 milhão no dia 27. OMS alertou para aumento de casos. Gráfico linear da plataforma 'Our World in Data', ligada à Universidade de Oxford, mostra quantidade de casos de Covid-19 registrados diariamente desde o início da pandemia até o dia 28 de dezembro de 2021.
Reprodução/Our World in Data
Na terça-feira (28), o mundo registrou, pelo segundo dia consecutivo, mais de um milhão de casos de Covid-19 em 24 horas. Segundo a plataforma "Our World in Data", ligada à Universidade de Oxford, 1,31 milhão de novas infecções foram registradas em todo o globo.
No dia anterior, quase 1,5 milhão de casos haviam sido registrados na plataforma – o maior número desde o início da pandemia. Apesar do recorde, o próprio "Our World in Data" lembrou que é preciso considerar que muitos países deixaram de registrar casos entre os dias 24 e 26 de dezembro.
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Além disso, a plataforma reforça que os casos relatados em uma determinada data não mostram necessariamente o número de novos casos naquele dia, por causa dos atrasos na notificação. Isso significa que o número real de casos provavelmente será muito maior do que o número de casos confirmados, por causa da testagem limitada.
Os dados de casos de Covid são compilados desde janeiro de 2020. O primeiro grande pico foi registrado em 7 de janeiro deste ano, com quase 900 mil casos em apenas um dia. Três meses depois, em abril, a marca de 900 mil foi ultrapassada três vezes. Em dezembro, com a variante ômicron circulando, os registros diários começaram a se aproximar de um milhão:
7 de janeiro de 2021: 892,8 mil
22 de abril de 2021: 902,6 mil
23 de abril de 2021: 904,4 mil
28 de abril de 2021: 905,8 mil
23 de dezembro de 2021: 983,3 mil
27 de dezembro de 2021: 1,49 milhão
28 de dezembro de 2021: 1,31 milhão
'Tsunami' de casos, diz OMS
Profissionais de saúde vestindo equipamentos de proteção se preparam para coletar amostras em uma clínica temporária de triagem para o coronavírus em Seul, Coreia do Sul, nesta quarta-feira (29).
Lee Jin-man/AP
A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a alertar, nesta quarta-feira (29), para o aumento mundial de novas infecções; o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou a situação de "tsunami de casos"'.
Na terça (28), por exemplo, o país com o maior número de novos casos registrados, segundo o "Our World in Data", foram novamente os Estados Unidos, com 377.014 infecções, cerca de 29% do total diário. A média diária de casos do país bateu um novo recorde.
Em segundo lugar com maior quantidade de novos casos veio a França, com quase 180 mil novas infecções (equivalente a 14% do total mundial) e o Reino Unido, com quase 129 mil novos casos, cerca de 10% da soma global.
É importante lembrar, entretanto, que países como o Reino Unido estão entre os que mais testam no mundo – por isso, é possível que haja ainda mais casos, não rastreados, em outros lugares.
Países reforçam medidas contra ômicron
Na segunda-feira (27), países como Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos anunciaram restrições para conter a variante ômicron.
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Na Alemanha, os encontros em grupo têm limite máximo de 10 pessoas vacinadas ou recuperadas da doença. Grandes eventos culturais e esportivos devem ocorrer sem público.
Na França, o passaporte sanitário atual deve ser substituído pelo passaporte de vacinação. O país também decidiu que vai tornar obrigatório o trabalho em casa pelo menos três dias por semana.
Novas restrições começam a valer na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decretaram novas restrições que incluem limite no total de pessoas em encontros, funcionamento de bares e distanciamento social. Enquanto isso, na Inglaterra, o governo aguarda mais evidências sobre se o serviço de saúde consegue lidar com as altas taxas de infecção.
Nos Estados Unidos, o médico Anthony Fauci, a maior autoridade de doenças infecciosas do país, pediu que as pessoas evitem aglomerações de Ano Novo, para diminuir a disparada de casos provocados pela ômicron.
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