Base de pesquisa na Antártida tem surto de coronavírus

Por Rogerio Magno em 03/01/2022 às 14:48:11
Apesar de rígido protocolo de segurança, com exigência de vacinação, teste e quarentena, ao menos 16 dos 25 funcionários de remota estação de pesquisa foram infectados desde 14 de dezembro. Operários trabalham na reconstrução de base na Antártida, em 2018

Marinha do Brasil

Apesar de um rígido controle, com vacinação, testes e quarentena obrigatórios, uma estação de pesquisa belga na Antártida enfrenta um surto de coronavírus. Desde 14 de dezembro, sete dias após a chegada de uma equipe, ao menos 16 dos 25 trabalhadores da Estação Polar Princesa Elisabeth foram contaminados com a doença.

Ainda em dezembro, o jornal belga "Le Soir" havia informado que três pesquisadores infectados por Covid-19 tinham sido isolados e retirados da estação. Mesmo assim, o vírus continuou a se espalhar. Até o momento, porém, os relatos apontam que os sintomas dos trabalhadores contaminados são leves.

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Conforme Joseph Cheek, gerente de projetos da International Polar Foundation, que opera a estação e tem sede em Bruxelas, a situação não é considerada dramática. "Ainda que tenha sido inconveniente isolar alguns membros da equipe que pegaram o vírus, isso não afetou significativamente o trabalho na estação", declarou Cheek à BBC.

Todos os funcionários receberem a oferta de deixar a Antártida no dia 12 de janeiro, mas eles disseram que vão permanecer executando suas tarefas normalmente. Em meio a isso, a chegada de novos pesquisadores foi temporariamente suspensa.

Rígidas medidas de segurança são aplicadas aos pesquisadores que se dirigem à estação na Antártida. A vacinação é apenas um dos pré-requisitos. Além disso, eles precisam passar por um período de quarentena na África do Sul, antes de partirem, e também apresentar um teste PCR (negativo).

Dois médicos estão disponíveis para cuidar dos trabalhadores na Estação Polar Princesa Elisabeth, que começou a operar em 2009.

Esta não é a primeira vez que um surto de coronavírus atinge a Antártida, que foi o último continente a registrar casos da doença, em dezembro de 2020. Na época, 26 soldados e dez civis foram contaminados. O contágio teria acontecido após uma visita do navio da Marinha chilena Sargento Aldea, que realizou manobras de apoio logístico entre 27 de novembro e 10 de dezembro na na base General Bernardo O'Higgins Riquelme.

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Fonte: G1

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