2º ataque com drone em 4 dias deixa mortos na Etiópia

Por Rogerio Magno em 11/01/2022 às 11:52:12
Ao menos 17 pessoas morreram, a maioria mulheres, segundo trabalhadores humanitários. Ataque aéreo na sexta matou 56 e feriu 30, incluindo crianças, em um campo para deslocados. Tanque danificado durante confrontos na Etiópia. Foto de 1º de julho de 2021.

Reuters

Um ataque aéreo com drone na região de Tigré, no norte da Etiópia, matou ao menos 17 pessoas e feriu dezenas na cidade de Mai Tsebri, na segunda-feira (10). A maioria das vítimas são mulheres.

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As mortes ocorrem dias após um outro ataque aéreo matar 56 pessoas e ferir mais de 130, incluindo crianças, em um campo para deslocados na cidade de Dedebit na sexta-feira (7).

Após o primeiro ataque, a ONU informou no domingo (9) que organizações humanitárias haviam suspendido seu trabalho na região "devido à ameaça contínua de ataques com drones".

Policiais exibem armas durante parada militar em Addis Abeba, capital da Etiópia, em 19 de junho de 2021, na véspera das eleições locais

Ben Curtis/AP

A Etiópia é o segundo país mais populoso da África e governada pelo primeiro-ministro Abiy Ahmed, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2019 pelo fim do conflito de 20 anos com a vizinha Eritreia (veja no mapa abaixo).

Mas o país vive uma guerra civil há mais de um ano, entre forças do governo e seus aliados regionais, apoiados pela Eritreia, e rebeldes da Frente de Libertação Popular do Tigré (TPLF), no norte do país.

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MAPA - Tigré, Etiópia

g1

Após o ataque de segunda (10), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou com o premiê etíope por telefone e levantou preocupações sobre as vítimas civis e o sofrimento causado por ataques aéreos, segundo o governo americano.

A guerra no Tigré

O governo etíope nega atacar civis no conflito, que começou em novembro de 2020, quando Abiy Ahmed decidiu fazer uma operação contra a Frente de Libertação Popular do Tigré (TPLF).

A nomeação de Abiy como primeiro-ministro em 2018 encerrou 27 anos de domínio da TPLF no comando do país, mas o grupo permaneceu no poder em sua região natal.

O premiê prometeu uma intervenção curta no Tigré, mas a ofensiva se converteu em uma sangrenta guerra civil com abusos das duas partes.

Cada lado culpa o outro: a TPLF acusa Abiy de centralizar o poder em detrimento das regiões, e o prêmio Nobel da Paz acusa o grupo de tentar retornar ao poder no país. E ambos negam as acusações.

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Fonte: G1

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