Carlos Eduardo pode integrar chapa majoritária com Fátima, para Senado

Partidos que fazem parte da base governista articulam aliança com o presidente estadual do PDT para reeleição da governadora

Por Rogerio Magno em 13/01/2022 às 11:05:00

Com a aproximação da data final para a homologação das federações nacionais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para o dia 1º de março, os partidos aliados da governadora Fátima Bezerra (PT) buscam uma aproximação com o presidente estadual do PDT no Rio Grande do Norte, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo, para que ele faça parte da formação de uma aliança política no Estado, para a reeleição da petista.

"Nós estamos conversando com Carlos Eduardo, no sentido de aproximá-lo do projeto político da reeleição de Fátima. É um esforço que estamos fazendo para trazer mais pessoas para apoiar esse projeto", afirmou o presidente estadual do PCdoB, Divanilton Pereira, em entrevista ao AGORA RN nesta quarta-feira 12.

Na composição esboçada por essa possibilidade, Carlos Eduardo desistiria de brigar com Fátima Bezerra pela cadeira de governador do Estado e teria o apoio do PT local para se eleger senador da República.

Segundo o presidente estadual do PCdoB, a ideia é que o PDT de Carlos Eduardo não faça parte da federação que vem sendo costurada entre os partidos PCdoB, Psol, PT e PSB, mas, sim, que integre uma aliança com a federação.

"O partido de Carlos tem uma candidatura à presidência da República, que é Ciro Gomes. Mas, o que pode acontecer aqui no Estado é que ele apoie a reeleição da governadora Fátima Bezerra. Isso não traria nenhum problema. Na nacional, ele continuaria apoiando Ciro Gomes e, aqui no Rio Grande do Norte, caminharia junto com Fátima Bezerra", destacou Divanilton.

E completou: "A tendência da nossa federação é apoiar a reeleição da governadora. E, Carlos Eduardo, mesmo fora da federação, poderia apoiá-la estadualmente", enfatizou, reforçando que Carlos Eduardo está examinando essa possibilidade.

"Nosso esforço é abrir pontes para que ele integre essa coalisão estadual. Agora, cabe a ele discutir, analisar entre seus pares o que fará. O melhor cargo que irá se candidatar. Essa é uma questão que cabe a ele decidir. E isso requer um debate coletivo entre os partidos que farão parte dessa coalisão, ou seja, PT, Psol, PSB, PCdoB e o PDT. Assim que ele definir, a gente senta coletivamente e discute com todos os partidos que compõem a coalisão estadual", explicou.

Solitário

Carlos Eduardo não tem afinidade política com grupos de oposição. Ele não consegue dialogar, por exemplo, com o PSDB, PL, Republicanos, Progressistas, que são legendas que estão mais próximas do ministro Rogério Marinho (PL), nem com o PSD do ministro Fábio Faria e do ex-governador Robinson Faria. Também não tem interação com o Podemos, do senador Styvenson Valentim e o MDB dos seus primos Alves.

Segundo Divanilton Pereira, Carlos Eduardo apenas agradeceu o esforço que o PCdoB está fazendo, no sentido de levá-lo a integrar o governo do Estado, mas não concluiu ainda. "Ele permanece fazendo o seu diagnóstico e seus diálogos internos, para, até o final de fevereiro, tomar a sua decisão. Porque a federação precisa ser registrada até o dia 1º de março. Então, Carlos Eduardo tem esse tempo para se definir", sinalizou.

A governadora Fátima Bezerra já disse que, se o PDT quiser conversar, o PT está aberto. A vaga de vice-governador está sendo negociada com o MDB do ex-senador Garibaldi Alves Filho, com foco no deputado federal Walter Alves. O PT ainda tem como parceiros o PCdoB, do vice-governador Antenor Roberto, que poderá concorrer ao cargo de deputado federal caso Walter assuma seu posto na corrida pela reeleição de Fátima e, o PSB, do deputado federal Rafael Motta.

Fonte: Portal Agora RN

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