Após colega ser espancado, motoristas de aplicativo fecham avenida de Natal em protesto por segurança

Por Rogério Magno em 13/08/2020 às 16:33:48
Manifestação é realizada na Avenida Salgado Filho, próximo ao Hospital Walfredo Gurgel, onde o motorista Jairo Gabriel está internado em estado crítico. Motoristas de aplicativo realizam protesto e fecham via de uma das principais avenidas de Natal

Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi

Um protesto realizado por motoristas de aplicativo fechou duas faixas da Avenida Salgado Filho, em Natal, no início da tarde desta quinta-feira (13), e causou longo engarrafamento na região próxima ao IFRN e ao Midway Mall. A manifestação para cobrar mais segurança para a categoria acontece dois dias depois de o motorista Jairo Gabriel Santos, de 27 anos, ter sido assaltado e espancado por bandidos, na zona Norte da capital potiguar.

Jairo Gabriel está internado no Hospital Walfredo Gurgel, em estado crítico, de acordo com o boletim médico divulgado. Ele teve o carro levado em assalto realizado por três homens, durante uma corrida, na última terça-feira (11). O motorista teria reagido e foi agredido.

"Infelizmente, está muito complicado para a gente, motorista, sair de casa e conseguir o nosso 'ganha-pão' com essa questão da insegurança. Praticamente todos os dias, temos motoristas sendo assaltados. É uma situação muito complicada", falou Bebel Ramalho, motorista que participou do movimento. "A gente está suplicando mais uma vez ao poder público por segurança", completou.

Jéssica Sena, representante da cooperativa de profissionais autônomos por aplicativo, destacou que a família de Jairo Gabriel se sentiu desamparada e que os colegas estiveram no protesto para prestar solidariedade e chamar atenção das autoridades para mais segurança.

Motoristas de aplicativo realizam protesto e fecham via de uma das principais avenidas de Natal

Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi

Marluce Alves, mãe de Jairo Gabriel, conta que recebeu uma ligação de um policial dizendo que o filho estava muito machucado, internado no Walfredo Gurgel. "Quando cheguei ao hospital, ele se encontrava em coma, na UTI. Ele não fala, respira por aparelhos. Está muito grave a situação dele. Ele teve duas fraturas no crânio, uma perfuração que atingiu o pulmão dele. É uma crueldade muito grande", falou.

Ela lembra que o filho também é barman, mas que, sem emprego, fazia corridas por aplicativo há um ano. "Vim aqui para pedir segurança em favor desses pais de família que estão trabalhando, arriscando a vida pelo ganha-pão, pelo sustento. A gente não vê uma solução para esses pais de família, jovens trabalhadores. A gente quer pedir segurança, proteção, para as pessoas que trabalham em aplicativo, para que a gente possa ver as pessoas trabalharem mais tranquilas, em paz", concluiu.

Fonte: G1

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