Na quarta-feira (16), a moeda norte-americana fechou em queda de 1,28%, a R$ 5,0925. Notas de dólar
REUTERS/Dado Ruvic
O dólar abriu em leve queda nesta quinta-feira (17), após a confirmação dentro do esperada das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos e com os mercados monitorando a guerra na Ucrânia.
Às 9h02, a moeda norte-americana recuava 0,07%, a R$ 5,0890. Veja mais cotações.
Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 1,28%, cotado a R$ 5,0925. Na parcial do mês, a divisa acumula queda de 1,24%. No ano, tem baixa de 8,65% frente ao real.
Leia mais:
SELIC A 11,75%: veja como fica o rendimento da poupança e de outros investimentos
MERCADOS: Petróleo é negociado acima de US$ 100; bolsas da Europa caem
Taxa Selic sobe pela nona vez seguida e chega a 11,75%
O que está mexendo com os mercados?
Nos EUA, os futuros dos índices acionários dos Estados Unidos recuavam nesta quinta-feira, uma vez que a Rússia moderou as expectativas em torno das discussões de paz com a Ucrânia. Sinais de avanços nas negociações para encerrar o que a Rússia chama de "operação militar especial" ajudaram as ações globais a subir nesta semana, mas o Kremlin disse nesta quinta-feira que ainda não há acordo.
Os preços do petróleo são negociados em alta de mais de 4% nesta quinta, com o Brent sendo negociado acima de US$ 100, em meio também a alertas de escassez de oferta.
Na véspera, o Federal Reserve (Fed) aumentou as taxas de juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para o patamar de 0,25% a 0,50%. O BC dos EUA também indicou que os juros devem atingir um intervalo entre 1,75% e 2% até o final deste ano, o que significaria um aumento de 0,25 ponto percentual a cada reunião restante de 2022.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano – alta de um ponto percentual para conter a inflação. É o nono aumento consecutivo na taxa. Com isso, a Selic alcançou o maior nível desde abril de 2017, quando estava em 12,25% ao ano. Ou seja, o maior nível em quase cinco anos.
Os juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e em outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia, segundo ranking compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.
Na agenda doméstica do dia, o Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,99% em janeiro, na comparação com o mês anterior.