Papa Francisco levanta possibilidade de renunciar por causa da saúde

Em conversa com imprensa após visita ao Canadá, pontífice afirmou que não poderá viajar no mesmo ritmo de antes

Por Rogerio Magno em 31/07/2022 às 10:57:29
Papa Francisco visita o Cemitério da Nação Ermineskin Cree em Maskwacis, ao sul de Edmonton, oeste do Canadá, em 25 de julho de 2022 Foto: Vincenzo Pinto/AFP

Papa Francisco visita o Cemitério da Nação Ermineskin Cree em Maskwacis, ao sul de Edmonton, oeste do Canadá, em 25 de julho de 2022 Foto: Vincenzo Pinto/AFP

Na viagem de retorno do Canadá para o Vaticano, o Papa Francisco levantou a possibilidade de renunciar por causa da saúde. Mas deixou claro que não vai ser agora.

Apoiado numa bengala, na volta de sua viagem de seis dias ao Canadá, o Papa Francisco foi ao fundo do avião para falar com os jornalistas.

De política, disse pouco. Registrou a qualidade internacional do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, que, na semana passada, perdeu a maioria no Parlamento italiano. Mas lembrou, com ironia, que ninguém governa por muito tempo no país.

A viagem também foi um teste para a sua saúde. O joelho direito dói, e o pontífice sabe que não pode continuar com o mesmo ritmo de antes. Ele ainda gostaria de visitar Ucrânia, Cazaquistão, Sudão e Congo.

"Vamos ver o que a perna diz", disse Francisco. "Na minha idade e com essas limitações, tenho que economizar um pouco para poder servir à Igreja. Ou, então, pensar na possibilidade de me afastar."

Não foi a primeira vez que ele tocou no tema da renúncia, mas talvez tenha sido a declaração mais enfática. "Não é nenhuma catástrofe mudar de Papa", disse Francisco, abrindo claramente as portas para a aposentadoria do sumo pontífice.

"Acho que tenho que me limitar um pouco com esses esforços", reconheceu o Papa. "Mas vou tentar viajar e estar perto das pessoas."

Em Quebec, esta semana, Francisco pediu perdão pelo que os cristãos fizeram com os povos indígenas. Mas nem todos ficaram satisfeitos, porque não ouviram dele a palavra genocídio.

"Não pensei na palavra, mas descrevi o genocídio em si. Foi genocídio, sim. Podem escrever", admitiu.

Ele condenou as formas de exploração e colonialismo que ainda existem contra os indígenas, em vários lugares do planeta.

Fonte: g1.com

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