RN registra 13 mil tratamentos contra glaucoma na rede pública de saúde em 2022

Estado é o quarto do nordeste e o sétimo no país com maior média anual de tratamentos. Doença é a maior causa de cegueira evitável no mundo, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Por Rogerio Magno em 16/05/2023 às 18:56:42
Exame de glaucoma - Foto: Viviam Silva/PMM

Exame de glaucoma �- Foto: Viviam Silva/PMM

O Rio Grande do Norte é o quarto estado do Nordeste e o sétimo do país com maior número de tratamentos de glaucoma, registrados entre 2019 e 2023. Em média, 12,2 mil potiguares passam por procedimentos contra a doença anualmente no Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Somente em 2022, mais de 13,5 mil tratamentos foram registrados no estado.

Segundo a entidade, a doença é a maior causa de cegueira evitável no mundo. Entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2023, médicos oftalmologistas realizaram 1,3 milhão tratamentos de pacientes, na rede pública de todo o país, por meio de medicamentos ou cirurgias, segundo o levantamento.

No Nordeste, em média, são registrados 143 mil tratamentos por ano. A região concentra o maior número de tratamentos. Na média anual, o Rio Grande do Norte fica atrás apenas da Bahia (56,8 mil), Pernambuco (32,8 mil) e Paraíba (18,2 mil).

Considerando as demais regiões, o estado também fica atrás de Minas Gerais (70,5 mil), São Paulo (36 mil) e Paraná (13,8 mil).

Em 2022, houve aumento do número de tratamentos em todo o país. Somente no Rio Grande do Norte, o número saltou de 12.163 em 2021 para 13.505 no ano passado - um crescimento de 11%. Na comparação com 2020, o crescimento foi superior a 20%.

Também subiu o número de exames realizados nos últimos anos. Os dados ocorreram após quedas registradas durante a pandemia da covid-19.

"O resultado alcançado em 2022 reflete a existência de uma demanda reprimida que passou a ser absorvida pela rede pública. Durante a pandemia, milhares de pessoas deixaram de ser operadas de glaucoma e, aos poucos, recebem a atenção esperada. É preciso que os gestores públicos estejam atentos a esse fenômeno e fortaleçam os serviços disponíveis para o acolhimento dos casos", explicou o presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.

O Rio Grande do Norte registrou queda de 10,2 mil exames em 2019 para pouco mais de 5,2 mil exames em 2020, início da pandemia da covid-19. Em 2022, em uma retomada após os períodos mais graves de pandemia, foram registrados mais de 8,3 mil exames no estado.

"Esse é outro termômetro que revela como o coronavírus afetou a saúde ocular dos brasileiros. A alta no número de exames indica que muitos pacientes não conseguiram acesso à assistência durante a pandemia ou, por escolha pessoal, evitaram os serviços de saúde, na época, por medo de contaminação. Na oftalmologia, sabe-se que o diagnóstico tardio implica em perda de chances de se reduzir danos causados pelo glaucoma", lembrou o presidente do CBO.

Fonte: g1.RN

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