Ministro da Justiça conta como foi a fuga do presídio federal em Mossoró

Segundo Ricardo Lewandowski, "a fuga se deu em razão de uma série de coincidências negativas". O ministro afirmou que a fuga, entretanto, não afeta o sistema como um todo e que os presídios federais são seguros. E que em breve os fugitivos deverão ser recapturados

Por Rogerio Magno em 15/02/2024 às 18:26:48
Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski fala sobre fuga do presídio de Mossoró. Foto: Reprodução

Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski fala sobre fuga do presídio de Mossoró. Foto: Reprodução

Os presídio federais passarão a contar com reconhecimento facial de todas as pessoas que ingressarem neles e também passarão a ter muralhas ao redos de suas instalações. As medidas foram anunciadas na tarde desta quinta-feira (15) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em seu primeiro pronunciamento sobre a fuga de dois homens do presídio federal de Mossoró.

Essas foram duas das medidas anunciadas. Ele explicou que isso poderá levar algum tempo porque dependerá de realização de licitação. O ministro também anunciou a convocação de 80 policiais penais que já foram aprovados e passaram por curso de formação.

Com relação específica aos dois fugitivos de Mossoró, o ministro explicou que o Ministério da Justiça trabalha com a hipótese de que eles ainda estão numa área com perímetros de 15 quilômetros do presídio de Mossoró. Segundo ele, essa hipótese é reforçada pelo fato de que na investigação até agora não foi detectado o ingresso dos fugitivos em veículos.

Ainda de acordo com as informações dadas pelo ministro, a área onde os dois se encontrariam escondidos é de mata. Segundo ele, há um grande efetivo trabalhando para recapturar os dois fugitivos. O ministro reiterou ainda as duas investigações sobre o ocorrido: uma sindicância administrativa e um inquérito policial, para aurar e punir os possíveis envolvidos na 1ª fuga de presídios federais no Brasil.

Na entrevista coletiva, o ministro explicou que a fuga ocorreu na passagem da terça-feira para quarta-feira "quando as pessoas estão mais relaxadas". "Outro fator, é porque o presídio estava passando por uma reforma interna. Havia operários, ferramentas e, infelizmente, não estavam acondicionadas de maneira adequada", disse.

"Nós verificamos também que havia defeitos na construção do presídio. Houve uma fuga pela luminária da cela. E ao invés dessa luminária estar protegida, ela estava protegida e fechada por um trabalho comum de alvenaria", explicou.

O ministro também relatou que "quando os detentos saíram pela luminária, eles entraram no shaft, onde se faz a manutenção do presídio, onde estão as máquinas e toda a fiação e de lá conseguiram alcançar o teto. Então também não havia nenhuma laje, neuhma proteção". "Quem fez o projeto deveria ter imaginado que a proteção precisava ser mais eficiente", comentou.

Ricardo Lewandowski contou ainda que "quando os criminosos ultrapassaram esses obstáculos, se depararam com um tapume de metal que estava protengendo o local que estava sendo reformado e este tapume pode facilmente ser ultrapassado e depois com alicate, que corta arame, cortaram as grades que os separavam do mundo exterior".

"Houve a utilização das ferramentas que estavam sendo empregadas para a reforma das instalações, disse.

Ainda segundo o ministro "algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente. Assim como algumas lâmpadas, que poderiam detectar uma fuga". "De quem é essa responsabilidade? Por que isso ocorreu? Isso será objeto dessas investigações", afirmou. "Não acreditamos que isso tenha sido arquitetado de dentro para fora. Foi uma fuga que custou muito barato. Foi feita com o que foi encontrado", acrescentou.

Segundo ele, "a fuga se deu em razão de uma série de coincidências negativas". O ministro afirmou que a fuga, entretanto, não afeta o sistema como um todo e que os presídios federais são seguros. E que em breve os fugitivos deverão ser recapturados.

Fonte: Novo Notícias

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