Veiculo escolar pega fogo, e alunos descem às pressas em Assú

Vereadores de Assú criticam a gestão do prefeito Dr. Gustavo e apontaram descaso com o transporte de alunos no município. Nesta quarta-feira 6, um ônibus escolar pegou fogo e os estudantes precisaram descer. Os parlamentares apontam que os veículos não passam pelas manutenções necessárias.

João Walace (PL) afirmou que a atual gestão está "regular". "Ele está fazendo o essencial. Muita coisa negativa, e algumas positivas que são nada mais do que obrigações", disse ele, em entrevista ao AGORA RN. Para o vereador, a saúde é um dos pontos sensíveis. "Falta de medicação nos postos. O primordial de uma gestão é a assistência à saúde e à educação, mas também vemos ônibus superlotados, com os alunos amontoados".

O vereador Paulo Cesar de Brito (PL) analisa negativamente a efetividade da coordenação de verbas e recursos públicos. "Vejo pouca coisa feita para a quantidade de recursos que entra no Município", explicou.

Já a vereadora Avinha Alves (MDB) reprova a administração municipal por completo. "Como esse ano é de eleição, ele aparece de vez em quando para inaugurar obras. Mas, na minha opinião, quem faz a gestão da prefeitura são os secretários". Para ela, Assú está precária na educação, saúde e assistência social. "Dinheiro em caixa tem, mas ninguém está vendo o serviço para o bem das pessoas", continuou.

Avinha Alves denunciou que, na educação, existe uma precariedade enorme. "Os ônibus dos alunos estão em má condições, sem janelas, com pneus furados, deixando os estudantes no meio do caminho. Hoje [quarta] um ônibus sofreu um incêndio", relatou.

Na área da saúde, de acordo com a parlamentar, também há pendências. "É outro caos. Falta remédio controlado e insumos. Uma ambulância, que estava no centro clínico, também pegou fogo por falta de manutenção".

Concurso

No mês passado, a Prefeitura de Assú divulgou que fará um concurso público para preenchimento de 114 vagas para cargos de nível médio e superior, com oportunidades para assistente de serviços operacionais, engenheiro civil, arquiteto e professor.

O certame também foi alvo de desaprovação por parte da vereadora. "O edital do concurso é um erro, pois se precisa de mais gente para suprir o quadro. Quase mil funcionários contratados em cargos comissionados na Prefeitura, então por que fazer um concurso com 114 vagas? Isso é uma piada", disse Avinha.

Eleito pelo PL e atualmente sem partido, o médico ortopedista Gustavo Montenegro Soares está no segundo mandato como prefeito, com a vice-prefeita Fabielle Cristina de Azevedo Bezerra. O irmão do deputado estadual George Soares foi eleito pela primeira vez em 2016 e, antes disso, ocupou cargos públicos com participação ativa na política local.