É falso que o cão Fúria tenha se machucado na busca pelos fugitivos de Mossoró. Entenda

São falsas as informações de que o pastor belga Fúria tenha se ferido enquanto estava atuando na busca pelos fugitivos do presídio federal de Mossoró.

A informação foi checada pelo Portal NOVO Notícias diretamente com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), que enviou o animal para reforçar as buscas.

"A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) esclarece que não procede a informação de que o cão Fúria tenha sofrido ferimentos durante as operações de buscas pelos fugitivos de Mossoró (RN)", diz a Sesp-MT, por meio de nota enviada ao NOVO.

Foi informado ainda que de acordo com "o gerente do Serviço de Operações Especializadas (SOE) da Polícia Penal, Milton Flávio, o cão, juntamente com dois policiais penais de Mato Grosso, continua desempenhando suas funções normalmente, oferecendo apoio às forças de segurança do Rio Grande do Norte".

Na quinta-feira (7), um dia após a chegada do cão Fúria, que é especializado em buscas e recapturas, começaram a surgir informações de que o animal teria se machucado enquanto atuava nas buscas.

As mensagens, veiculadas via Whatsapp, informavam que ele teria sido ferido por um tejo, espécie de lagarto que pode chegar até 50 centímetros. E que devido aos ferimentos teria sido levado à Universidade Federal do semiárido (Ufersa).

Essa informação foi reproduzida por blogs e outros sites sem a devida checagem, o que ajudou na divulgação da informação falsa. Ainda hoje, sexta-feira (8), alguns blogs seguem divulgando a informação falsa.

O Cão Fúria é da raça pastor belga Malinois, tem sete anos e possui vasta experiência em rastreamento e captura de humanos, inclusive em terrenos acidentados e áreas de mata densa.

O animal já participou de operações significativas, incluindo a captura de fugitivos do Presídio de Água Boa e a apreensão de 360 kg de drogas ocultas em um caminhão no ano anterior.

A chegada desta equipe especializada ao Rio Grande do Norte foi uma resposta a um pedido da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Além de Fúria, outras ferramentas e recursos estão sendo empregados nas buscas, como drones equipados com sensores térmicos, helicópteros e um contingente de mais de 600 agentes de segurança de diversas forças.