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Cidades

População se arrisca em mergulhos no Gargalheiras durante sangria; entenda riscos


Deputado federal Vicentinho se arriscou saltando em parede do Gargalheiras (foto: Canindé Soares)

A sangria do açude Gargalheiras, em Acari, tem atraído milhares de pessoas à região. Além de observarem a paisagem formada no sangrador do reservatório, alguns populares têm se arriscado mergulhando no local, apesar dos alertas de membros da Prefeitura de Acari e do Corpo de Bombeiros. Apesar da fiscalização ter sido intensificada, ainda é comum ver pessoas desrespeitando as normas e saltando em local inapropriado.

Comandante do quartel do Corpo de Bombeiros em Currais Novos, que é responsável pelo atendimento a Acari, o tenente Tertuliano explicou que há um patrulhamento ordinário, mas que aos sábados, domingos e feriados duas guarnições atuam para prevenção e orientação à população, em parceria com a Prefeitura de Acari. Foram fixadas placas de advertências com áreas de risco e até fitas zebradas em áreas onde não é recomendado o banho, mas a população não tem respeitado.

"Sempre que estamos lá retiramos as pessoas que teimam em passar para a área de risco. A água ali é bem forte e pode arrastar uma pessoa muito fácil. Informamos o pessoal, orientando. Já teve casos de saltarem com nossa presença. Fizemos advertências incisivas, mas no fim de tarde e até à noite há pessoas que fazem saltos próximos ao sangradouro", explicou tenente Tertuliano.

Segundo ele, recentemente ocorreu uma morte em uma ponte na cidade de Acari, quando um jovem saltou, machucou-se na queda e morreu afogado. Apesar de não ter ocorrido óbito nesta sangria do Gargalheiras, os Bombeiros temem que o desrespeito às normas possam causar uma tragédia.

"O local próprio para o banho é a prainha (área do açude onde há barracas e longe do sangrador). Estamos sempre lá, com embarcações, orientamos as pessoas que estão no sangradouro que é uma área de risco e informamos que podem tomar banho na praia. Mesmo do outro lado da parede é perigoso, já que a correnteza é muito forte e há muitas pedras", disse.

Tradição

O deputado federal por São Paulo Vicentinho (PT), que é natural de Acari, tradicionalmente vai ao Gargalheiras quando o reservatório está sangrando para dar um mergulho. Desta vez, o parlamentar caminhou sobre a parede do açude e registrou o momento em suas redes sociais.

"Estar aqui, nas margens abençoadas do Açude Gargalheiras, é reviver memórias, celebrar nossas raízes e olhar com esperança para o futuro. Sinto-me abençoado por fazer parte desta celebração e testemunhar a natureza em sua mais bela forma de expressão. A sangria do açude é um lembrete poderoso de que, mesmo nos momentos mais áridos, a renovação é possível", postou Vicentinho, que esteve no reservatório na semana passada e ignorou os riscos.

Atualmente, o reservatório está com lâmina de sangria de 11cm. No fim de semana, o nível chegou a 25cm.

Alerta

Veja cinco razões para evitar banhos em açudes que estão sangrando:

Correntezas e turbulências: A água que está transbordando de um açude pode criar correntezas fortes e turbulências imprevisíveis, tornando difícil nadar e aumentando o risco de afogamento, especialmente para nadadores inexperientes.

Profundidade variável: A água que transborda de um açude pode criar áreas com profundidades variáveis, incluindo áreas de águas rasas e áreas de águas profundas. Isso pode ser perigoso, pois os nadadores podem não ser capazes de avaliar corretamente a profundidade da água antes de pular ou mergulhar.

Obstáculos submersos: A enchente de um açude pode levar à inundação de árvores, arbustos, pedras e outros obstáculos submersos que podem ser difíceis de detectar e representar um perigo para os nadadores.

Qualidade da água: Em alguns casos, a água de um açude pode estar contaminada com substâncias químicas, resíduos agrícolas, bactérias ou outros poluentes, especialmente após fortes chuvas. Nadar em água contaminada pode causar problemas de saúde, como infecções de pele, gastroenterite ou outras doenças.

Clima e condições meteorológicas: As condições meteorológicas podem mudar rapidamente durante uma tempestade, aumentando o risco de raios, ventos fortes e chuvas intensas. Nadar em um açude durante uma tempestade pode expor os nadadores ao risco de serem atingidos por raios ou serem arrastados pela correnteza.

Portanto, é importante exercer cautela ao nadar em açudes, especialmente durante períodos de enchentes ou quando o açude está transbordando. É recomendável obedecer às placas de aviso, evitar nadar sozinho, supervisionar crianças de perto e estar ciente das condições atuais do clima e da água antes de entrar na água.

Tribuna do Norte

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