Família de mulher grávida e filha de 4 anos assassinadas há um ano na Grande Natal protesta contra soltura de suspeito

Por Rogério Magno em 22/10/2020 às 08:54:43
Após pedido da defesa, Justiça determinou que homem apontado como autor do crime use tornozeleira eletrônica. Família faz protesto contra soltura de suspeito de assassinato de mãe e filha na Grande Natal

Sérgio Henrique Santos/ Inter TV Cabugi

Um ano e quatro meses após o assassinato de uma mãe grávida e de sua filha de apenas 4 anos, o crime não é esquecido na comunidade Currais, na zona rural de Nísia Floresta, região metropolitana de Natal. A família das vítimas fez um protesto no fim da tarde desta quarta-feira (21) contra a soltura de um dos acusados pelo crime.

Usando cartazes e camisetas e homenagem à mulher, à menina e ao bebê que ainda estava na barriga, os familiares pediram justiça. O crime aconteceu no dia 2 de junho de 2019. A família voltava de uma fazenda em uma bicicleta, quando foi cercada e baleada por dois criminosos que tinham armado uma emboscada e estavam escondidos em um matagal.

Mayara Maria da Silva estava grávida de 4 meses e morreu aos 20 anos. A filha dela, Lara Emily da Silva Lima, de 4 anos, também foi assassinada. As duas foram mortas ao lado do pai da menina, que, segundo a polícia, era o verdadeiro alvo dos criminosos, por causa de um desentendimento. O homem foi baleado, mas sobreviveu.

Mayara Maria da Silva, de 20 anos, e Lara Emmilly, de 4 anos, foram executadas a tiros em Nísia Floresta, na Grande Natal. Mulher estava grávida.

Reprodução

"Elas nunca fizeram mal a ninguém. Isso que eles fizeram não tem perdão. Não tem perdão. A gente quer Justiça, quer os assassinos atrás das grades", disse Josielma Modesto da Silva, irmã de Mayara.

O crime aconteceu na rodovia RN-002, perto da comunidade onde a família morava. No local, há duas cruzes com os nomes das vítimas. A família ainda fez uma capela em homenagem à mãe e filha.

Os principais suspeitos do crime são um homem adulto e um adolescente que, na época, tinha 16 anos e também foi apreendido. A casa de um deles chegou a ser queimada por pessoas revoltadas com o crime, no dia do sepultamento das vítimas.

A defesa do homem pediu e a Justiça atendeu a revogação da prisão no último dia 13 de outubro. O argumento foi de que ele estava preso há cerca de 1 anos, sendo réu primário e que existe dúvida sobre a real autoria do crime.

Na Comarca de Nísia Floresta, com parecer favorável do Ministério Público, o juiz Tiago Neves Câmara revogou a prisão e estabeleceu condições ao preso, como usar tornozeleira eletrônica, comparecer a todos os atos do processo e permanecer em casa das 20h às 6h e nos fins de semana.

A família das vítimas ficou revoltada com a decisão, diz que o crime foi bárbaro e que o homem deveria permanecer na cadeia. "Eu não consigo dormir, eu tenho insônia depois do que aconteceu. Eu tenho uma irmã que é depressiva. A gente sofre muito por causa disso", disse Neide Maria, irmã da Mayara.

Fonte: G1

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