Com receio de violência no dia da eleição, americanos erguem proteções para potenciais protestos e confrontos

Por Rogerio Magno em 03/11/2020 às 08:43:25
Entidades de organização civil enviaram observadores a locais onde pode haver intimidação e ameaça a eleitores. Lojas de grandes cidades ergueram proteções com compensados de madeira para evitar danos de protestos. Funcionários colocam compensado de madeira em loja de Nova York na véspera de eleições nos EUA, em 2 de novembro de 2020

Brendan McDermid/Reuters

Com receio de que haja protestos violentos ou confrontos nesta terça-feira (3), dia das eleições presidenciais, lojas e escritórios de cidades dos Estados Unidos ergueram proteções de fachadas com placas de compensado de madeira para evitar danos.

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Há um clima de tensão neste dia de votação, diferentemente das outras eleições no país.

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Andar térreo do Empire State Building, em Nova York, protegido para evitar danos no dia das eleições, nos EUA, em 3 de novembro de 2020

Carlo Allegri /Reuters

A Organização de Liberdades Civis dos EUA (ACLU, na sigla em inglês) e outros grupos semelhantes disseram que estão acompanhando de perto os sinais de intimidação de eleitores.

No estado da Georgia, a entidade empregou 300 advogados em locais que têm potencial de ter problemas.

"Nós não sabemos exatamente o que vai acontecer, mas queremos estar prontos", disse a diretora-executiva da ACLU.

O Departamento de Justiça mobilizou sua equipe em 18 estados para monitorar a intimidação de eleitores e supressão de votos, inclusive em alguns locais onde a disputa poderá ser decisiva para o resultado e em cidades onde houve protestes neste ano.

Lojas e escritórios com fachadas protegidas

A polícia e os donos de lojas afirmaram que estão tomando precauções para proteger as fachadas de estabelecimentos comerciais –no meio do ano, durante protestos, houve quebra-quebra e saques do comércio.

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Na cidade de Nova York, a loja de departamentos Macy"s e o prédio onde fica a sede da Fox News foram protegidos por compensados de madeira.

Em Beverley Hills, as lojas de joias tiraram os bens mais caros das vitrines.

Incidentes anteriores ao dia da votação

No domingo, em Times Square, uma região de Nova York, apoiadores de Trump e membros de um movimento antifascista conhecido como antifa tiveram um pequeno confronto –segundo a agência Reuters, foram trocados socos e insultos.

No sábado, na Carolina do Norte, a polícia usou spray de pimenta em manifestantes antirracistas que se dirigiam a um local de votação.

Na sexta-feira, em uma estrada do Texas, um comboio de carros com bandeiras de Trump circularam um ônibus da campanha de Biden –aparentemente, era uma tentativa de forçar o veículo do Partido Democrata a sair da estrada. O presidente chamou os motoristas que fizeram essa ação de patriotas. Ele se irritou com o FBI, que disse que iria investigar o incidente.

No mês passado foi descoberto um plano de uma milícia que pretendia sequestrar uma governadora do Partido Democrata.

Loja de armas

As lojas Walmart nos EUA recolheram de seus pontos de venda os revólveres, pistolas, fuzis e munição de diferentes calibres.

A rede de supermercados informou que a decisão é um gesto de precaução para garantir a segurança de funcionários e clientes e que continuará vendendo os produtos, mesmo sem exibi-los.

"As pessoas da região não vão procurar briga, mas se houver confrontos, elas vão defender suas propriedades e seu estilo de vida", disse Sally Hoover, dona da loja de uma loja de armas da cidade de McConnellsburg, na Pensilvânia.

Fonte: G1

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