Evo Morales volta a Cochabamba um ano depois de deixar a Bolívia

Por Rogerio Magno em 11/11/2020 às 17:05:37
Ex-presidente foi recebido por uma multidão na cidade de Chimore, no departamento de Cochabamba. Ele voltou ao país na segunda-feira. Evo Morales chega a cidade de Chimore, em Cochabamba, um ano depois de ter se exilado fora da Bolívia nesta quarta-feira (11)

Ueslei Marcelino/Reuters

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou nesta quarta-feira (11) a Cochabamba, um ano depois de ter deixado o país, após sua renúncia forçada. Ele foi recebido por uma multidão na cidade de Chimore, na região onde iniciou sua carreira política.

Evo atravessou a fronteira sul com a Argentina na segunda-feira (9), assim que o presidente Luis Arce, que foi seu ministro da Economia, tomou posse. Ele percorreu mais de mil quilômetros em três dias, com a companhia de pelo menos 800 carros, em caravana.

Em 10 de novembro de 2019, Evo renunciou à presidência, depois de ter sido pressionado por militares. Ele enfrentava pressão por causa de uma reeleição, que foi contestada pela oposição e pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

Evo Morales é recebido por uma multidão na cidade de Chimore, em Cochabamba, Bolívia, nesta quarta-feira (4)

Ueslei Marcelino/Reuters

Vida na Argentina

Refugiado na Argentina desde dezembro do ano passado, Evo viajou no domingo (8) para a cidade de La Quiaca, na província argentina de Jujuy, na fronteira com a Bolívia.

Antes de Evo deixar a Argentina, ele e o presidente Alberto Fernandéz se encontraram em um jantar.

Morales renunciou à Presidência em 10 de novembro de 2019. No dia seguinte, viajou para o México e, semanas depois, em dezembro, refugiou-se na Argentina.

Mulher participa da recepção de Evo Morales na cidade de Chimore, em Cochabamba, Bolívia nesta quarta (4)

Ueslei Marcelino/Reuters

Trajetória de Evo

Foi na região de Cochabamba que Evo despontou como líder dos "cocaleros" (produtores da folha de coca), na década de 1980. Nessas áreas rurais, há muitos grafites com a frase "Volte Evo" nas fachadas das casas de tijolos.

A Bolívia é um dos países da América Latina com maior população indígena, correspondente a 41% de seus 11,5 milhões de habitantes. Destes, 34,6% vivem na pobreza, e 12,9%, na pobreza extrema.

Com uma piora econômica geral, em parte, pela pandemia de coronavírus, muitos querem que se repita o "milagre econômico" da gestão de Morales, quando Arce era ministro da Economia: alto crescimento e redução da pobreza (de 60% para 37,2%).

Fonte: G1

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