Furacão Iota toca o solo na Nicarágua

Por Rogerio Magno em 17/11/2020 às 08:45:31
Ele causou destruição na ilha colombiana de Providencia e agora rumo para o interior da América Central, que já foi devastada há 2 semanas pelo furacão Eta. Homem carrega colchão para abrigo em Puerto Cabezas, na Nicarágua, à espera da chegada do furacão Iota

Wilmer Lopez/Reuters

O furacão Iota tocou o solo no norte da Nicarágua nesta terça-feira (17), após causar destruição na ilha colombiana de Providencia, e causa chuvas intensas e ventos de até 250 km/h que já derrubaram árvores e telhados de casas em sua trajetória rumo ao interior da América Central.

A região já foi devastada há duas semanas pelo furacão Eta, que causou destruição e deslizamentos na Guatemala, deixou mais de 200 mortos e desaparecidos e afetou 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas oficiais.

O Iota é o 13º furacão da atual temporada, que é particularmente intensa e tem um número recorde de ciclones, e tem mais força que o seu antecessor. Ele atingiu a costa a cerca de 45 quilômetros ao sul da cidade de Puerto Cabezas, também conhecida como Bilwi.

O Iota chegou à Nicarágua como furacão de categoria 5, com ventos máximos de 260 km/h, e foi rebaixado à categoria 4 após tocar o solo, segundo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).

O NHC diz que o fenômeno é acompanhado por "ventos catastróficos" e fortes chuvas que podem provocar "inundações repentinas" e deslizamentos de terra em grande parte da América Central.

Pessoa observa a passagem do furacão Iota pela ilha colombiana de San Andrés

Reuters

Albergues lotados

Milhares de moradores foram retirados de suas casas e levados a abrigos no país, que já estão saturados pelas evacuações durante a passagem do Eta.

Bilwi, cidade mais populosa do Caribe Norte da Nicarágua, começou a sofrer na segunda-feira (15) com fortes rajadas de vento e chuvas intensas. A região se encontra em "alerta máximo vermelho".

Centenas de indígenas miskitos e afrodescendentes moradores do bairro El Muelle, na costa de Bilwi, esperavam assustados a ajuda das autoridades para serem evacuados.

"Não saímos com o furacão Eta, mas este é mais perigoso", disse à Marisol Ingram, morador de El Muelle, à agência de notícias France Presse. A casa de madeira de Muelle ficou danificada com a passagem do Eta e corre o risco de ser arrasada pelo novo ciclone.

Barco danificado em Puerto Cabezas, na Nicarágua, em meio à chegada do furacão Iota

Wilmer Lopez/Reuters

Outros países

Em Honduras, o Iota provocou rajadas de ventos e fortes chuvas na segunda-feira (15) nos departamentos orientais de Gracias a Dios, Colón, Olancho e Atlántida.

Segundo a mídia local, mais de 175 mil pessoas deixaram suas casas desde sábado (14), especialmente em áreas inundadas durante o Eta no Vale de Sula.

O Panamá, atingido pelas pontas do furacão Iota, declarou alerta vermelho nas províncias ocidentais de Chiriquí e Boca del Toro e na região indígena Ngäbe-Buglé.

Na Colômbia, os 6 mil habitantes da Ilha da Providência estão incomunicáveis.

Ajuda internacional

Diante do impacto dos furacões Iota e Eta, os presidentes da Guatemala, de Honduras, da Nicarágua e da Costa Rica pediram ontem por ajuda a comunidade internacional, em um encontro virtual.

O presidente do Banco Centro-Americano de Integração Econômica (Cabei), Dante Mossi, presente no evento online, propôs à entidade o envio de US$ 2,5 bilhões para restaurar a infraestrutura e barragens e construir moradias populares.

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Fonte: G1

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