Salvadorenhos acusados de organizar caravana de migrantes para os EUA são presos

Por Rogerio Magno em 15/01/2021 às 20:22:51
Juan Rufino Ramírez e Fátima del Rosario supostamente se beneficaram financeiramente da atividade e serão acusados na justiça por tráfico ilegal de pessoas em massa. Em 2018, pouco mais de 4 mil salvadorenhos partiram em diferentes caravanas com destino aos Estados Unidos. Polícia mexicana bloqueia imigrantes, parte de uma caravana que viajava de El Salvador para os EUA, durante uma operação para detê-los por entrar ilegalmente no país, em Metapa, no México, em foto de novembro de 2018

Alkis Konstantinidis/Reuters

Dois salvadorenhos acusados de organizar uma caravana de migrantes para os Estados Unidos e supostamente se beneficiarem financeiramente da atividade foram presos, informou a Procuradoria Geral da República (FGR) de El Salvador nesta sexta-feira (15).

Ambos serão acusados na justiça por "tráfico ilegal de pessoas em massa", disse o órgão no Twitter.

Os detidos identificados como Juan Rufino Ramírez e Fátima del Rosario, segundo as investigações da FGR, "são responsáveis por promover e organizar caravanas de migrantes, com destino final nos Estados Unidos da América".

De acordo com a acusação, eles administravam grupos do WhatsApp nos quais se coordenavam com potenciais migrantes. O procurador-geral de El Salvador, Raúl Melara, afirmou que com as prisões "os impedimos de lucrar com pessoas inocentes e colocar suas vidas em risco".

"Aplaudo as autoridades salvadorenhas que estão agindo contra aqueles que querem enganar os cidadãos com caravanas e falsas promessas. Apenas promovem uma viagem em vão", disse o embaixador dos Estados Unidos em San Salvador, Ronald Johnson.

Caravana de migrantes rumo aos EUA parte de San Salvador, capital de El Salvador, em foto de novembro de 2018

Jose Cabezas/Reuters

Em 2018, pouco mais de 4 mil salvadorenhos partiram em diferentes caravanas com destino aos Estados Unidos.

Nesta sexta, em Honduras, pelo menos 3 mil pessoas viajaram em uma caravana em direção aos Estados Unidos na esperança de melhorar suas condições de vida, esperando que o próximo presidente, Joe Biden, os receba.

Eles precisam primeiro, porém, contornar as restrições impostas pela Guatemala e o México.

A crise deixada pela passagem de dois furacões em novembro e a falta de emprego devido à pandemia agravaram os problemas econômicos de Honduras, que se somaram à violência associada às gangues e ao tráfico de drogas.

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Fonte: G1

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