Adversário do presidente russo está preso desde o dia 17 após voltar da Alemanha. Moscou afirma que manifestações convocadas em 65 cidades são "ilegais". Polícia russa prende homem durante protesto a favor de Alexei Navalny em Khabarovsk, a 6,1 mil km de Moscou, neste sábado (23)
Igor Volkov/AP Photo
Apoiadores de Alexei Navalny, o principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, foram às ruas em diversas cidades da Rússia, neste sábado (23), para protestar contra sua a prisão e para pedir que ele seja libertado.
Nas redes sociais, o perfil de Navalny compartilhou vídeos de atos em Khabarovsk, Vladivostok e Yakutsk; há relatos de prisões, de acordo com veículos de imprensa locais. Os protestos foram convocados em mais de 60 cidades.
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Segundo a agência Reuters, os manifestantes esperam que os atos, realizados durante o rigoroso inverno e em meio à pandemia, possam pressionar as autoridades a libertar Navalny.
Moscou, no entanto, prometeu "reprimir sem demora" reuniões não autorizadas. O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, declarou que os atos são "ilegais".
Na sexta-feira (22), aliados de Navaly em diversas partes do país foram presos, incluindo sua porta-voz, Kira Yarmysh, que ficará nove dias na prisão.
Protesto contra a prisão de Alexei Navalny em Khabarovsk
Igor Volkov/AP Photo
Prisão de Navalny
Alexei Navalny, em avião no aeroporto em Berlim, antes da partida para a capital russa, Moscou
Polina Ivanova/Reuters
Navalny foi preso no último domingo (17) ao chegar no aeroporto de Sheremetievo, em Moscou. Ele retornava da Alemanha, onde ficou por meses para se recuperar de um suposto envenenamento.
Ele acusa Putin de tentar assassiná-lo. O governo nega. Em dezembro, o presidente russo chegou a dizer que "se alguém quisesse envenená-lo, teriam acabado com ele".
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