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De acordo com o médico infectologista Igor Thiago Queiroz, presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Infectologia e um dos cinco profissionais de saúde da Sesap/RN responsáveis pelo protocolo, disse que a recomendação leva em consideração as evidências científicas sobre a medicação divulgadas recentemente.
"O que a gente vê das últimas evidências, de estudos publicados em revistas internacionais, é que a hidroxicloroquina foi utilizada numa fase muito tardia do adoecimento, não tínhamos aquela orientação sobre divisão de fases. O que a gente vê, nesses estudos, é que quem fez uso da cloroquina, nessa fase tardia, não teve benefício. Pelo contrário, aumentou o risco de efeitos colaterais e a mortalidade. Não vamos recomendar usar hidroxicloroquina no hospital, no paciente que já interna grave", disse o médico, que participou da coletiva de imprensa promovida pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) com o tema "Uso de antivirais: quais as evidências científicas?" nesta quarta-feira, 27.
No caso dos pacientes em estado leve, fora do hospital, a recomendação da comissão dos médicos, segundo Igor Thiago Queiroz, é de que "possa ser feito a critério do médico. Já temos respaldo do ponto de vista do Ministério da Saúde e do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern), mas que seja feita de forma acompanhada, que priorizem os estudos clínicos e procurem os professores universitários que estão fazendo suas pesquisas e que possam incluir mais pacientes para terem respostas científicas", argumentou.