Análise: absolvição de Trump abre caminho para pautas do governo Biden no Congresso, enquanto ex-presidente tenta fortalecer sua base

Por Rogerio Magno em 14/02/2021 às 11:06:56
Grupo de senadores republicanos que se voltou contra Trump foi a pequena surpresa de um processo cujo resultado já se antevia. VÍDEO: Os destaques do 2º impeachment de Trump

Com a absolvição de Donald Trump no processo de impeachment no Senado dos EUA, o futuro político do país é uma incógnita.

(VEJA O VÍDEO ACIMA)

Trump manteve seus direitos políticos e, nas pesquisas, é o favorito entre os eleitores republicanos para uma futura corrida presidencial.

O segundo processo de impeachment contra ele foi a crônica de uma morte anunciada: já se sabia que a maioria dos republicanos não iria romper com o partido e não votaria contra o ex-presidente.

A pequena surpresa ficou por conta de sete senadores que votaram contra o líder republicano. Isso tem sua importância porque nunca aconteceu anteriormente.

No processo de impeachment de Bill Clinton, em 1990, republicanos e democratas votaram alinhados com seus partidos.

No primeiro impeachment de Trump, o único senador que rompeu com o Partido Republicano foi Mitt Romney. Os democratas ficam aliviados com o encerramento do processo. Já se sabia que a chance de condenação era pequena.

Tratava-se apenas de uma questão moral, de passar a mensagem de que um presidente que incita a violência contra o próprio governo americano (Trump era acusado de incitar à violência os manifestantes que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro) deve ser responsabilizado. O processo era polêmico pelo fato de Trump já não ser mais presidente.

Agora, com o fim deste capítulo, o governo Biden-Harris pode começar para valer sem o nó do impeachment no Congresso. Enquanto isso, Trump já abriu um escritório na Flórida para trabalhar as agendas que ele defende para o país e fortalecer sua base. Ou seja, ele não vai desaparecer do cenário da política americana.

Fonte: G1

Comunicar erro
Rede Ideal 1

Comentários

Telecab