Reprodução/Facebook/SolidairesavecYaya
Patricia Hyvernat, dona de uma padaria francesa, está sem comer há 11 dias. Ela entrou em greve de fome até que a deportação de um funcionário seja cancelada pela Justiça da França.
Hyvernat protesta contra a expulsão de Mamadou Yaya Bah, um imigrante da Guiné-Bissau, que trabalha como aprendiz em seu estabelecimento.
"Ele deixou seu país quando tinha 14 anos", disse Hyvernat à agência de notícias France Presse. "Ele merece ter outra oportunidade."
O jovem imigrante, que hoje tem 20 anos, chegou desacompanhado a França quando tinha apenas 16 – ele ficou sob os cuidados da vara da infância de Grenoble.
Quando completou 18 anos, começou a trabalhar na padaria administrada por Hyvernat e o marido, Henry Pierre, na cidade de La Chapelle du Châtelard – próxima à fronteira com a Suíça.
Patricia (esq.) e Henry Pierre Hyvernat (dir.) e Mamadou Yaya Bah (centro), na padaria familiar na cidade de La Chapelle-du-Chatelard (França)em foto sem data
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Segundo a empresária, ela já deu entrada em um pedido de residência definitiva para Yaya. Com os papéis, ele poderia ser contratado oficialmente pela padaria e contribuir com a previdência francesa.
A promotoria do departamento de Ain disse à AFP que uma ordem de expulsão do território francês foi emitida – ainda em novembro de 2018 – contra Yaya, mas que "sua situação poderia ser reavaliada".
A padeira organizou um abaixo-assinado na internet que pede pela permanência do jovem imigrante. Até a última atualização desta reportagem, mais de 11,3 mil assinaturas foram recolhidas.
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