Local onde viaduto do metrô da Cidade do México desabou quando vagões passavam em 3 de maio de 2021. Dezenas de pessoas morreram e ficaram feridas.
Henry Romero/Reuters
A tragédia no metrô da Cidade do México, que deixou dezenas de mortos e feridos na noite de segunda-feira (3), é o terceiro acidente em pouco mais de um ano na capital mexicana.
Vagões descarrilaram e despencaram após um viaduto da linha 12 desabar entre as estações Los Olivos e Tezonco por volta de 22h30 (horário local, 0h30 de terça-feira em Brasília).
Em janeiro, um incêndio nas instalações de controle central do metrô deixou uma pessoa morta e 29 intoxicadas. O incidente em um prédio interrompeu o serviço em várias linhas por semanas.
Em março do ano passado, uma pessoa morreu e 41 ficaram feridas após dois trens colidirem dentro da estação Tacubaya.
Além dos três acidentes, em 2015 um trem que não parou chocou-se com outro na estação da Oceania e deixou 12 pessoas feridas.
Metrô cai após viaduto desabar na Cidade do México e deixa dezenas de mortos e feridos
Guilherme Luiz Pinheiro/Editoria de Arte
Metrô da Cidade do México
Inaugurado em 1969, o metrô da Cidade do México é um dos principais meios de transporte da capital e da região metropolitana, onde vivem cerca de 20 milhões de pessoas.
O metrô da cidade tem 226 km de extensão, 12 linhas e 195 estações e transporta mais de 1,6 bilhão de passageiros por ano.
Ele é o segundo maior da América do Norte, atrás apenas do de Nova York, e um dos mais baratos do mundo. As passagens custam cerca de 25 centavos de dólar (menos de R$ 1,50).
A Cidade do México é a capital do México e a maior cidade da América do Norte, com 9,2 milhões de habitantes. Para efeito de comparação, a cidade de São Paulo tem 12,3 milhões.
Metrô cai após viaduto desabar na Cidade do México e deixa dezenas de mortos e feridos
Guilherme Luiz Pinheiro/Editoria de Arte
Linha 12 do metrô
A linha 12, na qual ocorreu o acidente desta segunda, é a mais nova e a mais extensa do metrô da cidade.
Ela tem com 25,1 km de comprimento e foi inaugurada em 2012 pelo atual ministro das Relações Exteriores do México e então prefeito da capital, Marcelo Ebrard.
De janeiro a março deste ano, a linha transportou 15,9 milhões de passageiros (mais de 5,3 milhões de pessoas por mês). A mais movimenta é a linha 1, com 22,5 milhões (7,5 milhões por mês).
A linha teve que ser parcialmente fechada em 2013 para que os trilhos pudessem ser reparados, e críticas sobre problemas no projeto e na construção da linha surgiram após Ebrard deixar o cargo.
Ex-prefeito se manifesta
O ex-prefeito e atual ministro lidera os esforços do México para obter vacinas contra a Covid-19 e é considerado um potencial candidato à presidência nas eleições de 2024.
Após o acidente, Ebrard escreveu em uma rede social que "o que aconteceu hoje no metrô é uma tragédia terrível".
“É claro que as causas devem ser investigadas e os responsáveis, ??identificados", escreveu o político. "Repito que estou inteiramente à disposição das autoridades para contribuir no que for necessário".