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Maduro se diz disposto a conversar com Guaidó com mediação internacional


Líder oposicionista propôs negociação para pedir eleições "livres" em troca da "suspensão progressiva" das sanções contra Venezuela. Noruega mediou negociações fracassadas entre representantes dos dois em 2019, e novas tentativas de diálogo nunca foram adiante. Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em entrevista coletiva de 24 de janeiro

Jhonn Zerpa/AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira (12) que está "pronto" para conversar, com mediação internacional, com o líder oposicionista Juan Guaidó, que propôs uma negociação para pedir eleições "livres" em troca da "suspensão progressiva" das sanções contra os país.

"Agora o Guaidó quer sentar comigo. O que acham? (...) Concordo, com a ajuda da União Europeia, do governo da Noruega, do Grupo de Contato, quando quiserem, onde quiserem e como quiserem, estou disposto a me reunir com toda a oposição para ver o que sai de lá, se sai algo de bom e eles abandonam o caminho da guerra, da invasão, dos ataques, do golpe, e vêm para o caminho eleitoral", declarou o mandatário venezuelano.

Guaidó, reconhecido em janeiro de 2019 como presidente interino da Venezuela pelos Estados Unidos e cinquenta países, mas sem ter conseguido tirar Maduro do poder, propôs na terça-feira a negociação após meses de recusa e o estabelecimento de um cronograma, que inclui eleições presidenciais, com possibilidade de revisão das sanções.

"Acabou, Guaidó, acabou sua Presidência. Você é uma piada de um líder da oposição, agora você tem que falar com Maduro", disse ironicamente o governante socialista em um ato transmitido pela televisão estatal.

A Noruega mediou negociações fracassadas entre os delegados de Maduro e Guaidó em 2019, congeladas quando os Estados Unidos intensificaram suas sanções financeiras contra a Venezuela.

Por sua vez, o Grupo Internacional de Contato, órgão criado para buscar alternativas à crise venezuelana e formado por vários países da América e da Europa, tem defendido sem sucesso novas abordagens.

Na terça-feira, após a proposta de Guaidó, Maduro reagiu convidando o opositor a participar dos diálogos iniciados com outros setores da oposição após o fracasso das negociações realizadas a pedido do governo norueguês.

"Que ele (Guaidó) seja incorporado aos diálogos que já existem, que ele não se ache o líder supremo de um país que não o reconhece", declarou Maduro.

A Venezuela marcou eleições para governadores e prefeitos para este ano, com data a ser definida, depois que Guaidó liderou um boicote aos principais partidos políticos da oposição contra as eleições presidenciais de 2018 e parlamentares de 2020, denunciando-as como fraudulentas.

Maduro descartou categoricamente, em várias ocasiões, a possibilidade de repetir as eleições presidenciais.

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G1

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