Pedro Castillo: saiba mais sobre o presidente eleito do Peru

Por Rogerio Magno em 19/07/2021 às 22:15:57
Professor e líder sindical, novo presidente peruano surpreendeu ao sair na frente no primeiro turno das eleições. O candidato do Partido Perú Libre à presidência do Peru, Pedro Castillo, durante o último debate antes das eleições, em 30 de maio

Reuters/Sebastian Castañeda/Pool

O professor e sindicalista Pedro Castillo, de 51 anos, se elegeu novo presidente do Peru pelo partido de esquerda Peru Livre após causar grande surpresa no primeiro turno da votação — em um momento de forte descrença dos eleitores com os políticos tradicionais do país.

Castillo foi proclamado o novo presidente do Peru na noite desta segunda-feira (19), após mais de 40 dias das eleições. Isso porque Keiko Fujimori, candidata adversária, apresentou recursos. Até a avaliação de todos esses pedidos, concluídos sem que fraudes fossem apontadas, a Justiça peruana não podia oficializar a vitória do candidato de esquerda. A posse deve ocorrer em 28 de julho.

O novo presidente peruano nasceu na pequena cidade andina de Puña, na província de Chota, onde os moradores costumam usar chapéu de aba larga, como Castillo usava em suas viagens e até mesmo no único debate presidencial realizado nesta campanha. Ele foi votar a cavalo no domingo na região andina de Cajamarca, onde reside.

O presidente eleito ficou conhecido no cenário nacional em 2017, após liderar uma greve de professores de quase três meses exigindo aumento de salários dos professores. Na campanha, ele prometeu um aumento para professores públicos — tanto que seu símbolo era um lápis.

Posições controversas

Pedro Castillo, presidente eleito do Peru, em foto de 15 de junho, enquanto ainda aguardava a decisão da Justiça

Martin Mejia/Arquivo/AP Photo

Ao longo da corrida eleitoral, Castillo chegou a prometer desativar o Tribunal Constitucional, a mais alta corte do país, porque afirma que ela defende a "grande corrupção".

Além disso, ele disse que caso se tornasse presidente fecharia também o Congresso se os parlamentares não aceitassem seus planos. No entanto, com a vaga no segundo turno encaminhada, Castillo voltou atrás e disse que só faria isso caso a população aprovasse.

Castillo é muito conservador socialmente: se recusa a legalizar o aborto, é contra o "enfoque de gênero" na educação e tem relutado em reconhecer os direitos das minorias sexuais. Depois das eleições, ele declarou que não é comunista — em resposta a uma das alegações feitas pelos fujimoristas.

Fonte: G1

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