Um dos efeitos mais conhecidos das mudanças climáticas, que causam o aquecimento do planeta, é o degelo das geleiras e calotas polares do Ártico. Mas, além de aumentar o nível do mar, essa mudança tem causado em uma região específica do Norte da Rússia, onde cerca de 40% dos prédios sofrem com danos estruturais, apresentam sérios sinais de deformações e podem até cair.
Cerca de 60% da área do território russo, que é o maior do mundo, é ocupado pelo chamado Permafrost, que é o solo congelado a temperaturas iguais ou menores de zero graus Celsius por mais de dois anos consecutivos. Desde a época dos povos nativos, passando pelo império e pelo período Soviético, a Rússia usou a estabilidade do solo congelado para se desenvolver.
Porém, um novo estudo, conduzido pela Academia Russa de Ciências, preocupou bastante o governo do país. Em torno de 2,5 milhões de russos vivem sobre o chamado permafrost contínuo, que é uma camada congelada, que inclui placas gigantes de gelo ininterruptas que podem atingir até 1,5 km de profundidade.
O derretimento das geleiras e calotas polares do Ártico, que tem se intensificado, pode fazer com que algumas cidades, como Yakutsk, conhecida como a cidade mais fria do mundo, que tem cerca de 300 mil habitantes, pode desaparecer dentro de 30 anos caso o ritmo de emissão de gases poluentes siga no ritmo que está atualmente.
Um segundo estudo, comandado por pesquisadores do centro internacional de estudos nórdicos Nordregio, sediado na cidade de Estocolmo, na Suíça, o número de habitantes do permafrost deve cair dos atuais 4,9 milhões para 1,7 milhão nos próximos 30 anos. A previsão é que 534 das 1.162 localidades da área deixarão de estar sobre o solo congelado, com diferentes graus de impacto.
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Entre os territórios que sobreviverem, de acordo com os autores da pesquisa, 42% estarão em locais que passarão a ser considerados de alto risco. A maior parte deles fica na Rússia, porém, também há riscos para alguns pontos no estado americano do Alasca e na cidade de Yellowknife, no norte do Canadá.
Com informações da Folha de S. Paulo
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Fonte: Olhar Digital