Alienígenas? Busca pode ficar mais difícil após descoberta sobre micróbios

Por Rogerio Magno em 22/07/2021 às 16:27:13

O resultado do estudo foi questionado pelo microbiologista polar Jeff Bowman. “Certamente, havia coisas lá. Esta é a Terra. Este é um ambiente maciçamente contaminado com vida”, afirmou ele que trabalha no Scripps Institution of Oceanography, em La Jolla, na Califórnia, Estados Unidos.

Noah Fierer, que é professor titular do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da University of Colorado Boulder, esperou anos de experimentos baseados em vários métodos independentes para, junto com seu colaborador Nick Dragone, publicar a pesquisa que aponta que condições extremamente frias e áridas podem colocar um limite rígido na habitabilidade microbiana.

“Não podemos dizer que os solos são estéreis. Ninguém pode dizer isso. Essa é uma busca sem fim. Sempre há outro método ou uma variante de um método que você pode tentar”, ressaltou Noah Fierer.

Noah Fierer

Noah Fierer na geleira Shackleton. Créditos: Noah Fierer

“Mesmo que houvesse alguns micróbios não detectados no solo, sso não prejudicaria as evidências de que o frio e a aridez representam um sério desafio à vida. É a combinação de várias condições ambientais muito desafiadoras que restringem a vida mais do que apenas uma agindo por si mesma. É um tipo de restrição muito diferente do que, digamos, apenas alta temperatura”, explicou Dragone, que é um ecologista microbiano especializado no uso de técnicas de sequenciamento genético para estudar a ecologia das comunidades microbianas.

“O que estamos tentando fazer em Marte é o oposto do que tentamos fazer na Terra. No nosso planeta, afirmar que um ambiente não tem vida é uma venda científica difícil. Em Marte, será o contrário”, pontuou o microbiologista polar Lyle Whyte, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá.

A busca de vida nos mundos oceânicos do Sistema Solar

Amanda Gonçalves Bendia, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Vale do Itajaí, Mestre em Biofísica pela UFRJ, Doutora em Microbiologia pela USP e pós-doutoranda no Instituto Oceanográfico da USP, publicou um artigo no Olhar Digital explicando a busca de vida nos mundos oceânicos do Sistema Solar.

Em cavernas profundas de Minas Gerais, nas profundezas do Oceano Atlântico, nas geleiras da Antártida e na caldeira de um vulcão ativo na Península Antártica, ela procura por micro-organismos capazes de se adaptar aos ambientes extremos do nosso planeta. Estudando a vida nestes ambientes aqui na Terra, Amanda reúne as pistas para o tipo de vida que podemos encontrar nos Mundos Oceânicos do Sistema Solar.

Leia o artigo da microbióloga na íntegra. Assista também ao programa Olhar Espacial que contou com a presença de Amanda Gonçalves Bendia.

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Fonte: Olhar Digital

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