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CIA admite ter perdido 'dezenas de informantes' estrangeiros, diz jornal


Oficiais dos serviços de contraespionagem enviaram alertas recentes de que aumentou o número de agentes que foram mortos, capturados ou recrutados por governos inimigos. Logo da CIA, agência de inteligência americana, na sede da instituição em Langley, no estado da Virgínia

Jason Reed/Reuters

A CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, admitiu em comunicados internos ter perdido "dezenas de informantes" estrangeiros, informou nesta terça-feira (5) o jornal "The New York Times".

Oficiais dos serviços de contraespionagem enviaram alertas recentes de que aumentou o número de agentes que foram mortos, capturados ou recrutados por governos inimigos.

Segundo a publicação, citando fontes da inteligência dos EUA, o governo americano tem conhecimento de um alto número de agentes que foram mortos, o que não foi tornado público.

Além disso, a reportagem teve acesso às mensagens enviadas aos escritórios internacionais da CIA em que há relatos da dificuldade que o serviço americano tem encontrado para novos recrutamentos.

O "The New York Times" também reportou que agências adversárias na Rússia, China, Irã e Paquistão têm identificado agentes americanos – e em alguns casos, os transformado em agentes duplos.

A reportagem cita que um memorando interno da CIA reconhece que agências rivais avançaram tecnologicamente e, com isso, podem até antecipar ações da atividade americana.

A agência americana sempre foi vista como a mais avançada por conta de sua rede de informantes presente em vários países, mas a reportagem dificuldades para mantê-la.

Não é novidade que os EUA percam informantes em algumas de suas frentes de atuação, no entanto o "Times" avalia que o cenário é "mais urgente" do que se pensava.

O jornal americano ouviu funcionários da ativa e afirmou que as mensagens de alerta foram encaminhadas aos responsáveis pelo recrutamento de novos informantes.

Um ex-agente da CIA falou, em entrevista à publicação, que parte da culpa está nos próprios responsáveis pelos contatos, que não são responsabilizados pelo que acontece com os agentes.

"Às vezes, há coisas além do nosso controle, mas também há ocasiões de descuido e negligência, e pessoas em cargos de chefia nunca são responsabilizadas", disse ao jornal, Douglas London.

O "The New York Times" entrou em contato com a porta-voz da CIA que disse ao jornal que não iria comentar o caso.

Outros ex-funcionários da agência disseram ao jornal que a CIA "enferrujou" após passar décadas focada em ameaças de terrorismo.

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