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Ele defende a implementação de cultivos orgânicos e o uso de fontes renováveis de energia e modificou seu Aston Martin para ser abastecido com biocombustíveis. Príncipe Charles em frente a um de seus Aston Martin em foto de 21 de fevereiro de 2020Pool/AFPO príncipe Charles, ambientalista de longa data e amante declarado de automóveis de luxo, disse que um de seus carros, da marca Aston Martin, foi modificado para funcionar à base de "queijo" e "vinho".Em entrevista à rede BBC nesta segunda-feira (11), o príncipe afirmou que modificou o automóvel para poder abastecê-lo com combustíveis de origem renovável.O veículo, que possui há mais de 50 anos, funciona com 85% de bioetanol, e 15% de gasolina sem chumbo. Na mistura, vai o excedente da produção local de vinho e o soro da fabricação de queijo. O filho mais velho da rainha Elizabeth II e herdeiro da coroa britânica participará da COP26, a Conferência da ONU para o clima em Glasgow, junto com sua mãe, de 95 anos.Entende a frustação de GretaPríncipe Charles do Reino Unido e Greta Thunberg em montagemAP-AFP/g1O duque de Cambridge disse também que "entende" a frustração de ativistas como a sueca Greta Thunberg, que acusa os políticos de permanecerem impassíveis à emergência climática. "Todos esses jovens acham que nada acontece, então é claro que ficam frustrados", afirmou o príncipe, de 72 anos.Greta Thunberg questiona conversas sobre clima: 'blá-blá-blá'Ele também disse entender por que grupos ambientalistas, como o Extinction Rebellion (XR), protestam e bloqueiam estradas, ações reiteradamente condenadas pelo governo britânico. "A dificuldade está em como lidar com essa frustração de forma construtiva, e não destrutiva", sugeriu.Charles teme que os líderes mundiais reunidos para a COP26, a partir de 31 de outubro, em Glasgow, "limitem-se a falar", em vez de tomarem medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.Impacto catastróficoDesde que os Acordos de Paris sobre o Clima foram assinados em 2015, a transição para economias mais limpas progrediu muito lentamente no sentido de limitar o aquecimento global a +2°C, e muito menos a +1,5°C, em comparação com o final do século XIX.O impacto será "catastrófico", se não forem tomadas medidas ambiciosas, advertiu Charles, contando que ele próprio deixou de comer carne e peixe dois dias por semana.