G1
Crianças poderão retornar à escola da quarentena se testarem negativo para o coronavírus após cinco dias. Ovelhas formam seringa gigante para promover a vacinação contra a Covid na AlemanhaA Alemanha vai dispensar a exigência de quarentena às pessoas que receberam uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 após o contato com uma pessoa infectada com o vírus, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, nesta sexta-feira (7).Aqueles que não tomaram a dose de reforço podem sair da quarentena após sete dias sob as novas regras acordadas por Scholz e líderes regionais alemãos nesta sexta-feira, disse o chanceler.Além disso, crianças poderão retornar à escola da quarentena se testarem negativo para o coronavírus após cinco dias, acrescentou Scholz em coletiva de imprensa.LEIA TAMBÉMOvelhas formam seringa gigante para promover a vacinação contra a Covid na Alemanha; Veja VÍDEOAlemanha considera mais restrições em meio a salto de infecções por Covid-19Centro de vacinação em Berlim, na Alemanha, em 17 de novembro de 2021Annegret Hilse/ReutersVacinação obrigatóriaNa Alemanha, 71,6% da população possui um esquema de vacinação completo. No ano passado, o país chegou a anunciar que tornaria a vacinação obrigatória. Desde então, no entanto, as críticas e as dúvidas se multiplicaram.O primeiro debate parlamentar agendado para a próxima semana foi adiado para o final de janeiro, há poucas propostas concretas e nenhuma proposta de lei para tornar a vacinação obrigatória foi escrita. O grupo parlamentar do Partido Social-Democrata (SPD), de Scholz, não espera que esse processo legislativo termine antes do final de março. A vacinação obrigatória nem mesmo é mencionada no anteprojeto que serve de base para a reunião entre o governo e as regiões para coordenar o combate ao coronavírus e, principalmente, ao surgimento da variante ômicron.Criança é vacinada contra Covid-19 em Leipzig, Alemanha, em 10 de dezembro de 2021Matthias Rietschel/ReutersCadastro de vacinação centralizadoOutro obstáculo é o lançamento de um cadastro de vacinação centralizado pelo governo, uma questão delicada em um país que continua traumatizado pela vigilância em massa implementada pelas autoridades, primeiro durante o nazismo e, depois, na Alemanha Oriental.Esta questão é tema de divisão na nova coalizão de governo - formada pelo SPD, ambientalistas e o partido liberal (FDP). Esse último tem reservas quanto à vacinação obrigatória. "A proteção da saúde é um bem precioso, mas o bem mais precioso de nossa Constituição é, e continuará a ser, a liberdade", disse Christian Lindner, ministro das Finanças, um membro do FDP.Para ele, a evolução da pandemia nas últimas semanas, que está globalmente controlada na Alemanha, onde os novos casos diários chegam a 55 mil, mostra que é preciso "agir com moderação".O FDP prefere esperar para ver como a epidemia evolui com a variante ômicron. "Se entre fevereiro e março os índices mostrarem que a vacinação obrigatória implica um claro aumento da liberdade de circulação para todos nós, então vamos defender essa solução", disse o ministro da Justiça, o político liberal Marco Buschmann."Se, em vez disso, a vacinação ajudar por dois ou três meses, mas tudo continuar como antes, seria um argumento contra a vacinação obrigatória", acrescentou. Os legisladores liberais anunciaram que preparam uma contraproposta que descartaria o recurso à obrigatoriedade. No entanto, a partir de março, a vacina será obrigatória para profissionais da saúde.Veja os vídeos mais assistidos do g1