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Pequim registrou no sábado o 1º caso de transmissão local da nova variante, a poucas semanas do início dos Jogos Olímpicos de Inverno. Policiais usando roupas de proteção contra Covid-19 inspecionam as informações de saúde de pessoas na Estação Ferroviária de Nanjing, na província de Jiangsu, em 17 de janeiro de 2022 na ChinaChina Daily via ReutersA variante ômicron do novo coronavírus, mais contagiosa, avança pelo mundo e não poupa a China, onde quase todos os dias são anunciados novos fechamentos em alguma metrópole do país, na tentativa de manter a pandemia sob controle.A nova onda de contaminações desafia a estratégia chinesa de "Covid zero", aplicada até o momento: assim que poucos casos são confirmados, um lockdown é aplicado local e temporariamente e milhões de pessoas são testadas para que se encontre possíveis infectados.Compartilhe esta notícia no WhatsAppCompartilhe esta notícia no TelegramA última cidade a entrar em confinamento foi Zhuhai, no sul do país, próxima a Macau. Autoridades anunciaram na sexta-feira à noite (14) que detectaram uma pessoa com sintomas leves de Covid-19 (e outras seis assintomáticas) durante uma triagem em massa na população, feita após o surgimento de um caso em um município vizinho.Milhões de moradores de várias cidades foram confinados em suas casas, vários voos domésticos foram cancelados e algumas fábricas fecharam. O governo de Zhuhai pediu aos seus 2,4 milhões de habitantes que não deixem a cidade, "a menos que seja necessário". Aqueles que precisarem se deslocar deverão apresentar um teste negativo feito nas últimas 24 horas.No sábado (15), a capital Pequim confirmou o primeiro caso de transmissão local da variante ômicron — anúncio que preocupa autoridades a poucas semanas da realização dos Jogos Olímpicos de Inverno, marcados para 4 de fevereiro na cidade.VEJA TAMBÉM:Nova variante vai dificultar Jogos Olímpicos de inverno, admite ChinaChina identifica 1º caso local da variante ômicron em PequimÔmicron já é a variante dominante no mundo, afirma OMSLockdown repentino deixa chinesa presa na casa de 'date' no 1º encontroMulher usando máscara para se proteger da Covid-19 passa relógio com contagem regressiva para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, que serão realizados em Pequim, capital da China, em foto de 15 de janeiro de 2022Mark Schiefelbein/APNa manhã do mesmo dia, Xangai confirmou que cinco casos registrados na quinta-feira (13) eram da variante. Imediatamente, a vida dos habitantes se tornou mais difícil: bairros inteiros foram confinados, as escolas foram fechadas e o acesso a certas cidades, como Pequim, ficou quase impossível.Xi"an, Tianjin, Anyang, Dalian, Hangzhu, Canton: a lista de lugares atingidos só aumenta, mas o governo chinês permanece rígido na sua decisão de testar a população em massa e confinar milhares ou milhões de pessoas até a ameaça se dissipar.E, com a ômicron, essa estratégia de "Covid zero" é posta à prova. Cerca de 86% da população chinesa está vacinada contra a Covid-19, mas os primeiros estudos indicam que a eficácia das vacinas para evitar casos sintomáticos é limitada pela nova variante.Mesmo assim, autoridades chinesas mantêm o plano de "Covid zero" com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, pois abandonar o lockdown a essa altura significaria inundar os hospitais com infectados pelo coronavírus.LEIA TAMBÉM:Ômicron: o que se sabe sobre eficácia das vacinas contra a varianteGrupo da OMS diz que vacinas 'podem precisar ser adaptadas' à ômicronCasos brandos de Covid causados pela ômicron são resultado das vacinas, dizem especialistasCasos brandos de Covid pela ômicron são resultado das vacinas, dizem especialistasA explosão no número de infecções e a tensão hospitalar causada pela ômicron nos países ocidentais são dados como exemplo para justificar a manutenção da estratégia chinesa – também e exaltar o sucesso da gestão da pandemia pelo Partido Comunista.A Chinaé o país mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, e o governo chinês diz ter registrado apenas 105 mil casos de Covid-19 e 4.636 mortes no país desde o início da pandemia, mas esses números não podem ser confirmados de forma independente.Em todo o mundo, são 328 milhões de casos confirmados e 5,5 milhões de óbitos desde o começo de 2020.VÍDEOS: as últimas notícias internacionais