Cada um preocupa-se sobretudo com o que é seu, quanto ao que é comum, preocupa-se menos, ou apenas na medida do seu interesse particular". Esta frase do filósofo grego Aristóteles parece definir bem o momento político vivido no Brasil, e consequentemente, no Rio Grande do Norte. É que, a cada dia, surgem novas conversas sobre a formação de chapas majoritárias para concorrer nas eleições de outubro. E observa-se mais o interesse particular de cada um dos concorrentes. O diálogo é natural e importante existir. Agora, esta mistura de nomes é confusa. No estado vizinho – a Paraíba -, já se tem definições. Lá, pelo menos, já se desenhou um quadro onde a oposição é oposição. Enquanto aqui, vive uma celeuma.
Inclusive, chegou-se a ventilar a chapa Ezequiel com o deputado federal Walter Alves compondo a vaga da candidatura a vice. Seria a chapa dos sonhos da oposição. Este desenho seria porque estimam que não há espaços para dois Alves na chapa majoritária da governadora Fátima Bezerra. Então, como já há a sinalização de que o presidente estadual da Comissão Provisória do PDT do RN, Carlos Eduardo Alves, possivelmente será o candidato de Fátima, ao Senado Federal, o que impossibilitaria Walter Alves junto da chapa do PT.
No entanto, esta chapa dos sonhos, além de não ter o aval do protagonista – o deputado Ezequiel Ferreira – que até hoje nada assumiu com relação a uma possível candidatura ao governo do RN, também deu uma pausa por causa da convocação do pré-candidato petista à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para uma reunião, nesta quarta-feira 9, em São Paulo, com o ex-senador Garibaldi Alves (MDB), o deputado federal e presidente estadual do MDB-RN, Walter Alves, contando com a presença da governadora Fátima Bezerra. Vale ressaltar aqui que, até o fechamento desta edição, às 17 horas, nada havia sido divulgado sobre o que houve no encontro.
Por outro lado, em relação a ter ou não ter dois Alves na chapa da governadora petista, membros do partido e defensores dos nomes Walter e Carlos Eduardo Alves, respectivamente, candidatos a vice e ao Senado, dizem não haver problema nesta composição. Além disso, outro possível entrave seria o MDB fazer federação partidária com o PSDB ou com o União Brasil, contudo, o próprio MDB já afirmou que não formará federação para eleições de outubro. Há então uma composição se formando: Fátima Bezerra – concorrendo à reeleição, com Walter Alves – vice, e Carlos Eduardo Alves – concorrendo ao Senado.