Analistas avaliam se paralisação da Foxconn pode afetar produção do iPhone

Por Rogerio Magno em 15/03/2022 às 10:37:31

Segundo a opinião de especialistas do grupo financeiro JP Morgan, o ritmo de fabricação de iPhones não sofrerá um impacto significativo com a recente paralisação das operações de algumas instalações da Foxconn na China.

Pelo menos é o que espera o analista Gokul Hariharan. “Acreditamos que o impacto do bloqueio na construção do iPhone deve ser limitado (no máximo 10% da produção global)”. O especialista acrescenta que nesse período do ano a demanda da Apple por novas unidades do iPhone também é mais baixa.

Foxconn Shanghai Facility
Foxconn fechou temporariamente três fábricas na China por conta de um novo surto de Covid-19. Imagem: hapabapa/iStock

Vale lembrar que três instalações da companhia taiwanesa, a maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo e a principal fornecedora da Apple e Samsung, estão passando por um período de restrições por conta de um novo surto de Covid-19. Algo que também foi visto em outros setores na China, incluindo fábricas administradas por grandes montadoras como a Toyota e a alemã Volkswagen.

Ainda segundo o JP Morgan, a região de Shenzhen representa menos de 20% da capacidade total de produção do iPhone da empresa de Cupertino. A manufatura dos aparelhos da marca da Maçã acontece em grande parte em outro local, no centro industrial de Zhengzhou.

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A abordagem mais rigorosa visa conter o avanço de uma nova onda de Covid-19 no país. Dentre outras restrições, está a suspensão do transporte para outras províncias, por exemplo.

Para contornar a situação, a Reuters informa que a Foxconn migrará parte das atividades para outras instalações no país para reduzir possíveis impactos no seu ritmo de produção. A expectativa é que as restrições continuem até o dia 20 de março.

Por fim, para todo o setor de tecnologia, os analistas apontam que o bloqueio em Shenzhen, considerada uma espécie de Vale do Silício da China, também não deve impactar a fabricação de chips e semicondutores, outro setor que atravessa um período ruim desde o início da pandemia. Em contrapartida, quem deve sofrer com atrasos é o nicho de fornecimento global de telas LCD.

Via: Reuters

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Fonte: Olhar Digital

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